A história do Grande Prémio de Portugal começou em 1987, mas, nesse ano, a prova disputou-se no circuito madrileno de Jarama, em Espanha, onde venceu o norte-americano Eddie Lawson (Yamaha), num ano em que o australiano Wayne Gardner (Honda) se sagrou campeão.
No ano seguinte esteve prevista uma segunda edição do Grande Prémio de Portugal em território espanhol, no circuito andaluz de Jerez de la Frontera, mas, à última da hora, o Governo português não autorizou o uso da denominação, pelo que a prova passou, oficialmente, a designar-se GP Expo’92, de Sevilha.
A partir de 2000, o Grande Prémio de Portugal regressou ao Mundial, já em solo nacional, no circuito do Estoril, onde se manteve até 2012.
Nesse período (13 edições), apenas por cinco vezes o vencedor da prova acabaria por se sagrar campeão mundial. Aconteceu com o italiano Valentino Rossi em 2001, 2002, 2003 (com a Honda) e 2004 (em Yamaha), e com o espanhol Jorge Lorenzo (Yamaha), em 2010.
Nas restantes oito ocasiões, o vencedor no Estoril acabou por perder o campeonato.
A pandemia do novo coronavírus fez a caravana regressar a Portugal, mas para o Algarve, que se tornou no 72.º circuito diferente a receber uma prova do Mundial, sendo o 29.º traçado a acolher a classe rainha do campeonato, que desde 2002 se designa de MotoGP.
Já no Algarve, o português Miguel Oliveira (KTM) venceu na estreia de Portimão, em 2020, ano que consagraria o espanhol Joan Mir como campeão.
O ano de 2021 voltou a ser exceção, a sexta em 18 visitas a Portugal. O francês Fabio Quartararo (Yamaha) ganhou no circuito algarvio e conquistaria a coroa no final da temporada.
Curiosamente, na segunda visita que o campeonato fez a Portugal nessa época, (a segunda corrida chamou-se Grande Prémio do Algarve e aconteceu devido ao cancelamento da corrida na Austrália devido à pandemia), a vitória sorriu ao italiano Francesco Bagnaia (Ducati).
Nos construtores, Yamaha e Honda somam sete triunfos cada na categoria rainha no Grande Prémio de Portugal, sendo que o triunfo de Miguel Oliveira em 2020, e de Bagnaia, em 2021, permitiu à KTM e à Ducati intrometerem-se neste domínio nipónico.
Entre os pilotos, Rossi é o mais vitorioso, com cinco triunfos (um em 500cc e quatro em MotoGP), seguido dos espanhóis Jorge Lorenzo (três em MotoGP), Toni Elias (uma em MotoGP e duas em 250cc) e Álvaro Bautista (duas em 250cc e uma em 125cc), enquanto Stoner venceu duas vezes em Portugal (uma em MotoGP e uma em 250cc).
A vitória de Toni Elias, em Honda, em 2006, foi a que teve a margem mais curta de sempre (dois milésimos de segundo) para o segundo, Valentino Rossi.
Também a vitória do espanhol Alex Crivillé em Brno, na República Checa, em 1996, teve idêntica diferença para o australiano Mick Doohan.
A 18.ª edição do Grande Prémio de Portugal vai ser disputada pelo terceiro ano consecutivo no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, entre sexta-feira e domingo, com a quinta prova da temporada.
– ‘Ranking’ por marcas na principal categoria no Grande Prémio de Portugal/Grande Prémio do Algarve:
1.º Yamaha 8
2.º Honda 7
3.º KTM 1
. Ducati 1
– ‘Ranking’ por pilotos no Grande Prémio de Portugal/Grande Prémio do Algarve:
1. Valentino Rossi (Ita) 5 vitórias (quatro em MotoGP e uma em 500cc)
2.º Jorge Lorenzo (Esp) 3 (MotoGP)
3.º Toni Elias (Esp) 3 (uma MotoGP e duas 250cc)
4.º Álvaro Bautista (Esp) 3 (duas 250cc e uma 125cc)
5.º Casey Stoner (Aus) 2 (uma MotoGP e uma 250cc)
NOTA: O Grande Prémio de Portugal foi disputado entre 2000 e 2012 no autódromo do Estoril, em 1987 no circuito de Jarama, em Espanha, e desde 2020 em Portimão, que, em 2021, recebeu uma segunda corrida, o Grande Prémio do Algarve.