Miguel Franco de Sousa foi hoje reconduzido a um segundo mandato como presidente da Federação Portuguesa de Golfe (FPG) para o quadriénio de 2021-2024, com 43 votos a favor, numas eleições que decorram em Lisboa, Porto e Algarve.
Num sufrágio com apenas uma lista candidata, liderada por Franco de Sousa, e mantendo integralmente a anterior direção, registaram-se 43 votos favoráveis, cinco votos em branco, nenhum nulo e 71 abstenções, números que expressaram a vontade do golfe nacional em dar continuidade ao projeto iniciado em 2016, quando o atual presidente assumiu, pela primeira vez, funções.
“Já prevíamos uma abstenção acentuada, por duas razões, primeiro porque, quando há uma lista única, há obviamente um menor interesse no ato eleitoral, porque já se sabe qual será o desfecho, e, depois, porque estamos a meio de uma pandemia e muitas pessoas se retraem. De qualquer maneira, os votos são expressivos. Apenas cinco votos em branco e é uma vitória expressiva, com a qual estamos muito satisfeitos”, explicou em declarações à Lusa o responsável federativo.
Além de “um primeiro sinal claro”, como refere, “de haver apenas uma candidatura”, que sugere “não existir o mínimo de insatisfação em relação ao trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos”, “porque se houvesse teria aparecido outra alternativa”, Miguel Franco de Sousa destaca que, de um “universo de 119 lugares, e numa altura como esta”, a sua direção recolheu “43 lugares, que manifestaram vontade na continuidade.”
“Importa referir que o nosso programa, apresentado em 2016, era um programa a 12 anos, que tem de ir sendo adaptado à realidade, às circunstâncias de cada momento e nunca escondemos este nosso programa. A génese e foco do nosso trabalho vai ser continuado nos próximos quatro anos, obviamente que com pequenas adaptações”, defendeu.
Em termos de metas, para lá do trabalho de continuidade, Franco de Sousa revela que a sua equipa tem, entre as suas prioridades, a “cada vez maior capacitação dos clubes e dos agentes da modalidade para que possam fazer o seu trabalho, no sentido do desenvolvimento do golfe” nacional.
“Queremos clubes cada vez mais fortes, mais sustentáveis e capazes de fazer o seu trabalho para o crescimento sustentável da modalidade, embora estejamos plenamente conscientes que o golfe nacional vai entrar, do ponto de vista desportivo e associativo, num período de grande incerteza”, alerta.
Apesar de lembrar que, “ao nível da indústria do turismo do golfe”, o setor está “com problemas devastadores e tem um cenário muito negro pela frente, sobretudo no Algarve”, o responsável diz existir “a preocupação de, em termos nacionais, os clubes não terem a capacidade para dar resposta à crise, aos desafios e às exigências que vão encontrar” nos próximos quatro anos.
“E um dos nossos focos será estar ao lado dos clubes nessa altura. Portanto, a FPG vai ter um trabalho muito importante para dar cada vez mais ferramentas e recursos para que os clubes possam continuar a fazer o seu trabalho. Por outro lado, também desencadearemos contactos com o Governo para tentar ter mais apoios para o desporto, que é um setor tão importante para que tenhamos uma sociedade moderna, ativa e possa fazer face aos problemas de saúde que atualmente nos assolam”, concluiu o novo presidente da FPG.