O médio brasileiro Geovane reconheceu este sábado que o Portimonense demorou a encarrilar na II Liga de futebol, falhando o objetivo da subida, mas visa um bom final de época para servir de base à temporada 2025/26.
“Temos um grupo muito bom, mas demorou um pouco para engrenar, enquanto as outras equipas já estavam mais entrosadas. Mas acredito que tudo faz parte da nossa evolução diária. Temos de usar esta temporada como base para a nova época”, disse à Lusa o jogador, de 26 anos.
Na sua época de estreia no futebol europeu, Geovane tem vindo a evidenciar-se como um dos melhores jogadores do atual 13.º classificado, após 26 jornadas, com 30 pontos, nove acima da zona de despromoção direta.
Em agosto, o Portimonense projetava-se como um dos principais candidatos à subida, mas o desenrolar da época acabou por afastar essas metas.
“Quando eu cheguei, era uma equipa nova, com jogadores muito jovens, mas de qualidade. Mas as coisas não correram bem na II Liga”, assume.
O médio acredita que, com os reforços que chegaram ao longo da temporada – no mercado de janeiro, foram 11 as ‘caras novas’ –, existe agora “uma base muito interessante”, porque “o grupo ficou mais forte e competitivo”, e está perto de garantir a manutenção.
“Temos oito jogos, oito finais, pela frente. Temos de os encarar muito a sério. Queremos acabar a época em bom nível, vamos dar a nossa vida para garantir esse objetivo e, no próximo ano, poder fazer o que é certo: colocar o Portimonense na I Liga”, reforça Geovane.
O futebolista salienta que a “boa adaptação pessoal e familiar” – viajou com a mulher e o primeiro filho, tendo o segundo filho nascido já em Portimão – foram os passos fundamentais para que se pudesse exibir a bom nível em campo, além da ajuda do empresário, Theo Ryuki.
“Está a ser uma experiência maravilhosa e desafiadora, ao mesmo tempo. É óbvio que há algumas coisas diferentes do futebol brasileiro, mas tem sido um desafio totalmente diferente e muito bom, para a minha carreira e para a minha vida”, vinca.
Em campo, o médio brasileiro, que alinhava no Vila Nova antes de reforçar o Portimonense, nota “o jogo mais rápido e dinâmico, de combate físico”, do segundo escalão português, enquanto no Brasil “há mais espaço para descansar, para respirar”.
Apesar de já somar quatro assistências, Geovane ainda não festejou qualquer golo pelos algarvios.
“Trabalho firme e forte, diariamente, para que esse golo apareça e possa ajudar o clube. Sou uma pessoa muito exigente comigo mesmo, e estou sempre a perceber onde posso melhorar: na velocidade, no físico, na força. É uma evolução diária”, afirma.
Questionado sobre as metas futuras, o futebolista declara estar “muito feliz” no Portimonense, com o qual tem contrato até 2027, e coloca o seu destino “nas mãos” do clube e dos seus empresários, porque “o foco é continuar a trabalhar e dar o melhor” pelos algarvios.
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