O Portimonense voltou a alcançar a manutenção na I Liga de futebol, desta vez com mais tranquilidade, mas um primeiro terço excelente de campeonato ainda lançou o ‘sonho’ europeu, travado por quatro meses de jejum.
Se na última temporada só à última jornada os algarvios se livraram da ‘sombra’ da despromoção, somando 35 pontos no 14.º lugar, desta vez o conjunto orientado por Paulo Sérgio reclamou a tranquilidade a algumas semanas do final, cumprindo o objetivo delineado em agosto com 38 pontos no 13.º lugar.
Para o Portimonense, acabou por ser, porém, uma temporada agridoce, uma vez que o primeiro terço de campeonato prometia uma candidatura às competições europeias: à 14.ª jornada, a equipa de Portimão seguia no sexto lugar, a dois pontos do Sporting de Braga.
Esse percurso foi alavancado pelas prestações como visitante: os algarvios somavam à altura cinco vitórias em sete jogos fora, uma delas no Estádio da Luz, impondo a primeira derrota do Benfica no campeonato, à oitava jornada (1-0).
A melhor série do Portimonense sem perder nesta edição da I Liga foi mesmo nesse período, com duas vitórias e dois empates entre a quinta e a oitava rondas.
Após o triunfo da 14.ª ronda, em Moreira de Cónegos (1-0), o Portimonense somou, porém, 14 jogos sem ganhar, da 15.ª à 28.ª, um jejum de quatro meses que o afastou dos lugares europeus.
Da 25.ª à 28.ª jornada, o conjunto de Paulo Sérgio registou mesmo quatro derrotas consecutivas e o cenário da despromoção começou a ganhar ‘terreno’, até que duas vitórias caseiras por 1-0, ambas com golos de Welinton Júnior, selaram a manutenção.
O desfecho encontra justificação, sublinhada várias vezes por Paulo Sérgio, no impacto que o mercado teve na equipa ‘alvinegra’, que a SAD assumiu como vendedora desde o arranque da temporada, perdendo vários titulares: Beto em agosto, Fali Candé e Aylton Boa Morte em janeiro, e Lucas Possignolo e Lucas Fernandes em abril.
O guarda-redes Samuel, os defesas Moufi e Filipe Relvas – este oriundo da equipa sub-23 –, o médio Carlinhos e os extremos Angulo e Welinton Júnior (melhor marcador da equipa, com cinco golos) acabaram por destacar-se pela positiva, enquanto o credenciado Imbula desiludiu e Lazaar, também com um currículo recheado, teve uma lesão que o manteve indisponível durante meses.