O Grande Prémio de Portugal, no qual o britânico Lewis Hamilton se tornou no piloto com mais vitórias na Fórmula 1, foi o segundo mais visto de 2020, anunciou hoje a organização do Mundial.
A corrida disputada no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, em 25 de outubro, teve uma audiência televisiva de 100,5 milhões de espetadores no mundo e só foi batida pela prova húngara, em 19 de julho, que foi presenciada por 103,7 milhões.
Nesta hierarquia, seguem-se os Grandes Prémios do Bahrain (98,1 milhões de espetadores), disputado quando Hamilton já tinha assegurado o sétimo título de campeão do mundo, e o da Turquia (89,1 milhões), onde o britânico revalidou o cetro.
Numa temporada largamente afetada pela pandemia de covid-19, e com menos quatro corridas do que em 2019, a Fórmula 1 teve uma audiência média de 87,4 milhões de espetadores, menos 4,5% do que em 2019.
“A audiência média da época 2020 foi largamente influenciada pelo desenrolar das corridas na Europa e no Golfo, o que significa que várias regiões não receberam os seus Grandes Prémios, as horas das corridas nem sempre foram adequadas para alguns mercados e as habituais assistências para provas específicas não ocorreram”, explicou o organizador do Mundial.
No total, a Fórmula 1 calcula em 1.500 milhões a audiência cumulativa, menos 400 milhões do que no ano anterior, que tinha tido 21 corridas e não 17.
“Estamos orgulhosos pelo que conseguimos em 2020 e sabemos que temos uma incrivelmente forte base de adeptos, que pode fazer crescer a audiência nos próximos anos. Estamos satisfeitos por os nossos adeptos estarem contentes com o nosso desporto, a nossa época, e pela forma como responderam à pandemia global”, afirmou o presidente e diretor-executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali.
A 72.ª temporada do ‘grande circo’ tem início previsto para 28 de março, no Bahrain, e fim agendado para 12 de dezembro, com a 23.ª etapa, em Abu Dhabi.
Em 2020, Portimão acolheu o 17.º Grande Prémio de Portugal, 24 anos depois das últimas edições, disputadas nos circuitos da Boavista (1958 e 1960) e de Monsanto (1959) e no autódromo do Estoril (1984-1996), na sequência da reorganização do Mundial devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
O circuito algarvio não integra o calendário de 2021, mas, segundo o presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), Ni Amorim, o regresso da Fórmula 1 a Portugal, em maio, está dependente de “haver público” ou, “não podendo haver público, de um apoio do Governo”.