O Grande Prémio de Portugal vai voltar a integrar o Mundial de Fórmula 1, em 02 de maio, pela 18.ª vez, a segunda consecutiva no Algarve, anunciou hoje a organização do campeonato.
“Estamos muito entusiasmados por anunciar que a Fórmula 1 voltará a correr em Portimão, após o enorme sucesso da corrida no ano passado. Queremos agradecer ao promotor e ao Governo português pelo árduo trabalho e dedicação para o regresso da prova a Portugal”, afirmou o presidente e diretor-executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali.
O responsável pela competição salientou a ambição de voltar a contar com público no recinto algarvio, tal como em 2020, quando o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) venceu a prova.
“Estamos confiantes e animados com a temporada de 2021, pois conseguimos demonstrar o ano passado que é possível realizar 17 corridas em segurança e promover juntos dos nossos milhões de seguidores, corridas emocionantes mesmo em momentos difíceis. Esperamos poder receber novamente este ano, espetadores em Portimão de forma segura e estamos a trabalhar com o promotor nos detalhes desse plano”, frisou Stefano Domenicali.
No mesmo comunicado, o Autódromo Internacional do Algarve (AIA) disse esperar uma decisão “sobre a presença de espetadores nas próximas semanas”.
“Estamos a trabalhar em estreita colaboração com o promotor e o Governo português relativamente à presença de espetadores também este ano. A nossa prioridade é a segurança de todos os que nos acompanham assim como de todos os países que visitamos, tendo provado na temporada passada que é possível realizar corridas com segurança, em plena pandemia”, acrescentou o AIA.
Igualmente citada no comunicado, a secretária de Estado do Turismo realçou a importância do evento para a notoriedade do país.
“A realização de grandes eventos no nosso país é muito importante para a imagem e promoção internacional de Portugal como destino turístico e, por isso, é com enorme agrado que vemos o retorno da Fórmula 1 ao Algarve, em 2021. Quero agradecer à FIA (Federação Internacional do Automóvel) e à Fórmula 1 pela confiança demonstrada em Portugal, no Algarve e no AIA, escolhendo o nosso país para receber mais uma ronda do calendário da Fórmula 1 e expressar o nosso total compromisso de tornar o evento num grande sucesso”, afirmou Rita Marques.
O calendário do Mundial de Fórmula 1 de 2021 prevê um recorde de 23 provas, entre 23 de março, no Bahrain, e 12 de dezembro, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
A Fórmula 1 regressou a Portugal em 25 de outubro de 2020, ao Autódromo Internacional do Algarve, após 24 anos de ausência do Mundial, na sequência da reorganização dos calendários devido à pandemia de covid-19.
Ni Amorim acredita que prova pode manter-se por mais anos
O presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) assumiu-se hoje “muito satisfeito” com o anúncio da realização do Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, em 02 de maio, confiando que se poderá manter no futuro.
“A FPAK fica muito satisfeita na medida em que, quando houve o último Grande Prémio em Portugal, em 2020, sempre dissemos que íamos lutar para que o Grande Prémio não fosse apenas de substituição mas estivesse por direito próprio no calendário Mundial de Fórmula 1”, afirmou Ni Amorim, em declarações à Agência Lusa.
O Autódromo Internacional do Algarve vai acolher em 2 de maio a terceira corrida do Mundial de Fórmula 1, pelo segundo ano consecutivo, depois de um interregno de 24 anos, naquela que será a 18.ª edição do Grande Prémio de Portugal.
Ni Amorim disse ter trabalhado, “juntamente com o Governo, em articulação com o AIA, para que se pudessem reunir condições para haver Grande Prémio em 2021”.
“O mais difícil está feito. Agora é importante reunir as condições para ter público. Portugal está numa situação económica difícil e eventos como a Fórmula 1 serão muito importantes para uma região que vive do turismo”, sublinhou.
Para o presidente da FPAK, “não há nenhuma razão para que nos anos seguintes Portugal não possa fazer parte do calendário” a tempo inteiro.
No entender do líder da entidade que gere o automobilismo nacional, esta é “uma das maiores conquistas” do seu mandato.
“Para quem não tinha Fórmula 1 há 24 anos é uma marca importantíssima e ficará para a história”, concluiu.