O Farense garantiu na quarta-feira um ponto no terreno do Vitória de Guimarães, ao empatar 2-2 com um golo de Stojiljkovic, aos 79 minutos, a jogar em inferioridade numérica, num jogo em atraso da 14.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
O golo do avançado sérvio premiou a intensidade empregue pelo conjunto de Faro nos vários momentos do jogo, mesmo a jogar com 10 elementos, após expulsão de Alex Pinto, e castigou a inércia dos vimaranenses em vários momentos, principalmente quando abdicou de atacar com mais uma unidade em campo, após ter estado por duas vezes em vantagem.
Com este resultado, o Vitória manteve o sexto lugar, com 32 pontos, mas falhou uma aproximação mais vincada ao quinto posto, ocupado, com 35, pelo Paços de Ferreira, adversário dos vimaranenses no domingo, enquanto os algarvios subiram ao 14.º lugar, com 17.
Na sequência do primeiro triunfo fora de portas, alcançado no sábado, no reduto do Nacional (3-2), o Farense apareceu em Guimarães com um futebol fluido pelos corredores, conquistou três cantos nos primeiros cinco minutos e quase inaugurou o marcador no último, num cabeceamento de Ryan Gauld afastado por Gideon Mensah sobre a linha de baliza.
Os algarvios ameaçaram de novo o golo aos nove minutos, num remate por cima de Madi Queta, perante um adversário com um meio-campo permeável e laterais propensos ao erro na saída de bola, que só se esticava no terreno graças ao esforço de Rochinha, jogador na origem do tento inaugural: após canto do extremo, Pepelu marcou de cabeça ao segundo poste, adiantando os vimaranenses contra a corrente do jogo.
A turma de Jorge Costa manteve os princípios de jogo na reação à desvantagem, continuou a desequilibrar pelas alas e chegou ao empate na sequência de um penálti cometido por Jorge Fernandes sobre um desses extremos, Madi Queta. Na conversão, Ryan Gauld apontou o sétimo golo no campeonato, atirando a bola para o lado contrário de Bruno Varela.
O Farense continuou a provocar desconforto na retaguarda vitoriana, mas também começou a revelar fragilidades defensivas, sobretudo nas bolas paradas.
De regresso à titularidade quase um mês depois de ter integrado um ‘onze’ vitoriano pela última vez, no triunfo sobre o Nacional (3-1), Marcus Edwards apareceu no jogo, obrigou Defendi a evitar o golo, aos 24 minutos, e marcou mesmo o terceiro golo no campeonato aos 36, num ‘tiro’ de fora da área.
Os ‘leões’ de Faro acusaram o novo golo sofrido, enquanto os vimaranenses ganharam confiança e criaram de novo perigo quer pelo ala inglês, aos 42, quer por Miguel Luís, aos 40, numa bola à malha lateral, e aos 54, já após o intervalo, num remate ao lado.
A situação pareceu ainda mais desfavorável para os forasteiros quando Alex Pinto viu o segundo amarelo e foi expulso devido a uma falta sobre Rochinha, junto à linha final, aos 60, mas a equipa vimaranense praticamente desistiu de tentar ampliar a vantagem, preferindo circular a bola no meio-campo.
O Farense pôde ‘respirar’ e aproveitou a passividade da defesa vimaranense num lançamento de linha lateral de Abner para empatar, com o recém-entrado Stojiljkovic a cabecear para o fundo das redes.
A partir daí, os vitorianos lançaram-se para o ataque, com sucessivos cruzamentos que a defensiva algarvia aliviou.