Farense bate Estrela e soma segundo triunfo na I Liga

O Farense venceu esta sexta-feira o Estrela da Amadora por 1-0, na abertura da 12.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, e regressou aos triunfos no campeonato, num duelo entre equipas que estão nos últimos lugares da tabela.

Em Faro, a equipa da casa marcou o único golo da partida aos 23 minutos, por intermédio do avançado espanhol Poveda, e somou o segundo triunfo na prova.

Com este resultado, o Farense, que vinha de três jogos sem vencer, continua em 18.º e último, com oito pontos, os mesmos de Arouca (menos um jogo) e Nacional (menos dois jogos), enquanto o Estrela da Amadora é 15.º, com nove, e pode ‘cair’ nesta ronda para a zona de despromoção.

Golo decisivo de Darío Poveda ‘alivia’ Farense nas ‘contas’ da manutenção

Um golo decisivo do espanhol Darío Poveda permitiu ao Farense vencer (1-0) na receção ao Estrela da Amadora, na abertura da 12.ª jornada da I Liga de futebol, ‘aliviando’ as ‘contas’ dos algarvios na luta pela manutenção.

O tento de Poveda, aos 23 minutos, o seu terceiro nos últimos quatro jogos oficiais, acabou por garantir um importante triunfo aos algarvios frente a um rival direto, face à maior eficácia num jogo relativamente equilibrado e com ocasiões para os dois lados.

O Farense continua no 18.º lugar, mas ‘colado’, provisoriamente, a Arouca e Nacional, todos com oito pontos, enquanto o Estrela da Amadora é 15.º, com nove.

O guarda-redes Ricardo Velho foi a única novidade no ‘onze’ dos algarvios face ao triunfo (2-1) em Arouca para a Taça de Portugal, enquanto os ‘tricolores’ mudaram quatro peças depois da goleada (7-0) imposta pelo Benfica, entrando Bruno Brígido, Rúben Lima, Danilo Veiga e Jovane Cabral.

Os dois conjuntos apresentaram-se com o modelo tático, em ‘3x4x3’, com Cláudio Falcão, habitual médio nas últimas épocas, a jogar como central pelo segundo jogo consecutivo no Farense, enquanto no Estrela da Amadora o criativo Alan Ruiz partia da direita, no trio atacante, mas assumia muitas vezes o papel de ‘vagabundo’, vagueando pelo ‘miolo’.

Após uma fase de estudo mútua inicial, foram os estrelistas, que se evidenciaram, aos poucos, com maior acutilância ofensiva, especialmente até aos 20 minutos, fase em que criaram algumas oportunidades.

O extremo Jovane Cabral atirou para defesa apertada de Ricardo Velho, aos 17 minutos, enquanto Léo Cordeiro viu Falcão cortar na ‘hora h’ um remate perigoso, um minuto volvido.

Na resposta, aos 23 minutos, o Farense mostrou-se bem mais eficaz, não só a aproveitar um erro do adversário – mau passe de Léo Cordeiro – como na finalização certeira, no primeiro remate à baliza, por Darío Poveda, com o pé esquerdo, após passe de Marco Matias, que tinha recuperado o esférico.

O golo tranquilizou a equipa algarvia, que foi cedendo a bola ao rival mas sempre com o controlo aparente da partida, tanto que até seria Elves Baldé a dispor da melhor ocasião antes do intervalo, falhando o 2-0 num remate ao lado, dentro da área, aos 41 minutos.

O panorama manteve-se no segundo tempo, com quase 20 minutos em que o perigo esteve longe das duas balizas, até que Nilton Varela viu Ricardo Velho evitar a igualdade, aos 63 minutos.

A equipa de Tozé Marreco, assumindo a importância da defesa da magra vantagem, superiorizou-se nos duelos e continuou a dominar o adversário até ao final, chegando até a desperdiçar boas oportunidades no ataque.

Depois de ameaças de Elves Baldé (69 minutos) e Darío Poveda (72), com remates para fora, a melhor ocasião de golo nos derradeiros minutos pertenceu a Cláudio Falcão (85), mas Bruno Brígido respondeu à altura com uma grande defesa.

Declarações após o jogo Farense-Estrela da Amadora (1-0)

Tozé Marreco (treinador do Farense): “Uma primeira parte mais dividida. Chegámos ao golo depois de uma primeira situação de perigo do Estrela. Controlámos grande parte do jogo, tivemos a situação do golo e depois a do Elves [Baldé], em que podíamos ter feito o 2-0. Um jogo mais dividido, em que apesar de não permitirmos muito, também não conseguimos criar muito.

A segunda parte foi totalmente nossa e pecámos só por não ‘matar’ o jogo, tendo em conta o que se passou. Tivemos várias situações, o jogo absolutamente controlado, pouco foi necessário até baixar o bloco, mantivemos sempre um bloco médio/médio alto, e a vitória ajusta-se perfeitamente.

Consistência é a palavra decisiva para aquilo que estamos a fazer. Fomos crescendo, em vários aspetos, desde o jogo com o AVS [0-0]. Consistência defensiva, capacidade para fazer mal [ao adversário], como se viu hoje, em que temos quatro ou cinco situações claras. E a consistência traz essa confiança.

Pontos absolutamente decisivos, porque tínhamos uma diferença muito grande desde aquelas seis primeiras jornadas [seis derrotas], e temos de andar a correr atrás do prejuízo. Longe de estar alguma coisa resolvida, porque falta tanto por fazer, mas merecido pelo que fizeram hoje.

A intensidade e capacidade de pressionar que tivemos durante o jogo foi muito boa, e com bola criámos muitas situações. Continuamos no fundo da tabela, mas estamos cada vez mais fortes e não tenho a mínima dúvida de que o Farense vai ficar na I Liga”.

– José Faria (treinador do Estrela da Amadora): “Faltou, essencialmente, marcar. A diferença neste jogo é que ganhou quem marcou, mais por demérito nosso do que propriamente por mérito do adversário.

[O 1-0] é um lance algo fortuito, em que o Léo [Cordeiro] sofre uma falta. Vi várias faltas ao longo do jogo a serem marcadas com menos intensidade do que aquela.

Preparámos bem o jogo, acho que fomos superiores na primeira parte e, depois, a segunda parte torna-se difícil. Jogo parado, muita falta, faltaram bolas, e o Farense a fazer bem o seu jogo, envolvido com o seu público, em transição a ter oportunidade para ‘matar’ o jogo.