O britânico Lewis Hamilton (Mercedes) bisou hoje no Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 e alargou o recorde de triunfos na modalidade, que é seu desde a edição de 2020, com 97 vitórias.
Hamilton, que partiu do segundo lugar da grelha, gastou 1:34.31,420 horas para cumprir as 66 voltas ao traçado de Portimão e deixou o holandês Max Verstappen (Red Bull) a 29,197 segundos e o companheiro de equipa, o finlandês Valtteri Bottas (Mercedes), em terceiro, a 35,530 segundos.
A corrida começou com a entrada do ‘safety car’ logo à segunda volta devido a um incidente entre os dois Alfa Romeo, do finlandês Kimi Raikkonen e do italiano António Giovinazzi, que deixou a asa dianteira do carro de Kimi em pedaços, espalhados pela reta da meta. O finlandês acabou na escapatória da primeira curva, sendo o único desistente deste GP.
O recomeço da corrida, na sétima volta, apanhou Hamilton distraído, permitindo a ultrapassagem de Verstappen pelo lado exterior da primeira curva.
O piloto britânico, que chegou a esta terceira jornada do campeonato com um ponto de vantagem sobre o piloto da Red Bull, conseguiu recuperar o foco e, na volta 11, aproveitou um erro de Verstappen na curva 14, que deixou derrapar o seu monolugar, para recuperar o segundo lugar no final da reta da meta.
Nove voltas mais tarde, Hamilton chegava finalmente à liderança, ultrapassando o seu companheiro de equipa, outra vez na curva 1 do circuito algarvio.
O heptacampeão mundial apenas perdeu momentaneamente o primeiro lugar quando parou na 38.ª volta para trocar de pneus médios para pneus duros, deixando o comando entregue ao mexicano Sérgio Perez (Red Bull), que ainda não tinha parado, durante 13 voltas.
Numa delas, o líder foi travado pelo russo Nikita Mazepin (Haas), que estava a ser dobrado e acabou penalizado em cinco segundos por não respeitar as bandeiras azuis (deve deixar passar o carro que vem atrás de si).
A partir da 51.ª das 66 voltas, Hamilton voltou à liderança, até cortar a meta na primeira posição pelo segundo ano consecutivo.
Atrás de si, Valtteri Bottas, que vinha numa animada luta com Verstappen pela segunda posição, começou a sentir o seu Mercedes a perder potência devido a um problema num sensor de calor no escape do seu monolugar.
Por isso, parou a duas voltas do final para montar pneus macios e tentar ir buscar um ponto extra com a volta mais rápida da corrida, no que foi imitado pelo holandês.
Bottas marcaria o registo de 1.19,865 minutos, que seria batido por Verstappen. No entanto, o tempo do piloto da Red Bull acabou anulado por ter excedido os limites da pista na curva 14 e o ponto extra acabou mesmo nas mãos do finlandês.
Sérgio Pérez foi, assim, o quarto, a 39,735 segundos do vencedor, com o britânico Lando Norris (McLaren) em quinto, à frente do monegasco Charles Leclerc (Ferrari).
O francês Esteban Ocon foi sétimo, dando o melhor resultado à equipa desde que se chama Alpine na Fórmula 1.
O francês Fernando Alonso (Alpine) ficou logo atrás, em oitavo, à frente do australiano Daniel Ricciardo (McLaren), que chegou a ser quinto, mas perdeu fulgor no derradeiro terço da corrida.
O francês Pierre Gasly (Alfa Tauri) fechou os dez primeiros.
Animada esteve também a luta na cauda do pelotão, com o alemão Mick Schumacher (Haas) a passar o canadiano Nicholas Latifi (Williams) para terminar na 17.ª posição.
Mazepin acabou, novamente, em último.
Com estes resultados, Lewis Hamilton alargou a liderança no campeonato. Tem, agora, 69 pontos contra os 61 de Max Verstappen. Lando Norris é terceiro, mas já com 37.
No Mundial de Construtores, a Mercedes lidera, com 101 pontos. A Red Bull é segunda, com 83, e a McLaren terceira, com 53.
A próxima prova, a quarta da temporada, disputa-se dentro de uma semana no circuito de Montmeló, em Barcelona.