O italiano Rinaldo Nocentini, que se despediu do ciclismo no ano passado com as cores do Sporting-Tavira, foi hoje condenado a quatro anos de suspensão e à anulação de todos os seus resultados desportivos desde 2018.
O Tribunal Antidopagem italiano condenou o já retirado corredor a quatro anos de suspensão, a pena máxima, até 29 de novembro de 2024, assim como à “invalidação de todos os seus resultados a partir de janeiro de 2018”, quando alinhava no Sporting-Tavira, equipa que representou desde a temporada de 2016.
A decisão, anunciada pela agência antidoping daquele país, refere-se a um artigo do código antidopagem que evoca uma “utilização ou tentativa de utilização de uma substância ou método ilícito por parte de um atleta”, sem precisar a natureza da falha cometida por Nocentini.
Contudo, o diário italiano Corriere della sera revela que ‘Il Noce’ foi sancionado por anomalias no passaporte biológico.
O italiano, agora com 43 anos, foi a contratação estelar do Sporting-Tavira em 2016, com o corredor, que vestiu a camisola amarela durante oito dias na Volta a França de 2009, a ser um dos líderes da formação mais antiga do pelotão até ao final da sua carreira, em dezembro do ano passado.
Com as cores da equipa portuguesa, Nocentini venceu o Grande Prémio Joaquim Agostinho (2016), duas etapas na Tropicale Amissa Bongo (2018), e foi segundo na Volta ao Alentejo, terceiro na prova de fundo dos Campeonatos de Itália, quarto na Volta a Portugal e nono na Volta ao Algarve na sua melhor época no pelotão nacional, em 2017.
Profissional desde 1999 na mítica Mapei, Nocentini conseguiu os seus resultados mais sonantes na francesa AGR2 La Mondiale, de onde saiu para vir para Portugal, com um palmarés no qual se destacam o segundo lugar no Paris-Nice em 2008 ou os triunfos no Grande Prémio Miguel Indurain (2007) ou na Volta ao Mediterrâneo (2010).