O Benfica somou este sábado o quinto triunfo seguido na I Liga portuguesa de futebol, ao completar uma reviravolta sobre o Farense e vencer por 2-1, em jogo da 10.ª jornada realizado no Estádio Algarve.
O espanhol Darío Poveda adiantou a formação de Faro, aos 15 minutos, mas o compatriota Carreras, aos 21, e o grego Pavlidis, aos 54, deram a volta ao resultado e consumaram a quinta vitória dos ‘encarnados’ sob o comando de Bruno Lage no campeonato – a nona em 10 partidas em todas as competições.
As ‘águias’ seguem no terceiro lugar, com 22 pontos, a oito do líder Sporting (30), que tem mais um jogo, e a dois do FC Porto, segundo classificado, que no domingo defronta o Estoril Praia, enquanto o Farense continua na 18.ª e última posição, com quatro pontos, após averbar a oitava derrota na prova.
Pavlidis carimba reviravolta sobre Farense e quinta vitória seguida do Benfica
O Benfica registou a quinta vitória seguida na I Liga de futebol, ao bater por 2-1 o lanterna-vermelha Farense, em jogo da 10.ª jornada em que os ‘encarnados’ deram a volta ao golo inaugural dos algarvios.
No Estádio Algarve, casa dos anfitriões para os jogos com os ‘grandes’, Darío Poveda estreou-se a marcar no campeonato, aos 15 minutos, mas os golos de Carreras, aos 21, e Pavlidis, aos 54, deram a volta ao resultado, o que permitiu ao conjunto de Bruno Lage manter as distâncias para o líder Sporting.
O Benfica, que ainda tem um jogo em atraso, vai manter o terceiro lugar ao cabo desta ronda, com 22 pontos, a oito dos ‘leões’ e a dois do FC Porto, que no domingo recebe o Estoril Praia, enquanto o Farense, após a oitava derrota em 10 jogos, continua no 18º e último lugar, com quatro.
Marco Moreno, Paulo Victor, Elves Baldé e Darío Poveda foram as quatro novidades de Tozé Marreco face à derrota (2-0) em Braga na jornada anterior, enquanto no Benfica houve cinco regressos à titularidade (Tomás Araújo, Florentino, Kökçü, Di María e Pavlidis) face à vitória (3-0) de quarta-feira sobre o Santa Clara, para a Taça da Liga.
O ‘5x4x1’ dos algarvios deu o mote para uma estratégia de preponderância defensiva delineada por Tozé Marreco para tentar minimizar o poderio atacante dos ‘encarnados’, que dominaram o primeiro tempo, mas sentiram dificuldades em criar ocasiões claras de golo.
Depois de um jogo ‘apagado’ no Minho, o Farense pareceu surgir com um pouco mais de arrojo ofensivo nos minutos iniciais e teve duas ameaças, enquanto Pavlidis rematou muito perto do poste da baliza de Ricardo Velho, aos 13 minutos.
A formação de Faro acabou mesmo por abrir o ativo, após uma jogada entre Miguel Menino e Pastor à direita: o lateral brasileiro cruzou para a área, Elves Baldé ‘arrastou’ Tomás Araújo e o avançado espanhol Darío Poveda antecipou-se a Bah para assinar o seu primeiro golo na I Liga.
A vantagem dos anfitriões durou apenas seis minutos, já que o turco Aktürkoglu trabalhou à entrada da área e atraiu os defesas rivais, libertando espaço à esquerda para assistir Carreras, que finalizou com categoria.
Restabelecida a igualdade, os ‘encarnados’ continuaram ‘por cima’, mas foram somando remates sem grande perigo e, ao intervalo, Bruno Lage decidiu mudar, trocando Bah por Beste e o ‘4-3-3’ original pelo ‘4-2-3-1’, com Aursnes a regressar à posição de lateral-direito, que foi ‘sua’ durante boa parte da época transata, sob a alçada de Roger Schmidt.
Num reinício de jogo ‘louco’, o golo esteve perto das duas balizas aos 49 minutos: Ricardo Velho assinou defesa notável ao remate de Pavlidis e, na jogada seguinte, Poveda, desgastado após longa corrida para a área, falhou o ‘bis’ com um remate fraco para as mãos de Trubin.
Poucos minutos depois, aos 54, o Benfica acabou mesmo por operar a reviravolta, por intermédio do avançado grego, após mais uma assistência de Aktürkoglu, por sua vez servido na área por Di María.
Em vantagem, ainda que pela margem mínima, o Benfica ‘congelou’, na meia hora final, todas as operações, preferindo controlar a posse de bola ao invés de ir em busca do terceiro, mas a vitória não esteve em risco, também porque o Farense mostrou pouca capacidade para surpreender no último terço.
A poucos dias de ir a Munique defrontar o Bayern, na Liga dos Campeões, o Benfica só passou mesmo por um ‘susto’ no último lance da partida, num contra-ataque perigoso conduzido por Cuba, que, pressionado por Carreras, não conseguiu finalizar a preceito.
Declarações após o jogo Farense-Benfica
– Tozé Marreco (treinador do Farense): “[O Farense acreditou que o resultado podia ser outro] No início, no meio e na parte final. Há oportunidades em todos os momentos para o Farense, não é só nos últimos 15 minutos.
Nos últimos 15 minutos, efetivamente tivemos de arriscar mais, era o que estava previsto. Mas, quando está 1-1, há oportunidade para o Farense, quando o resultado ainda estava a zero, há uma oportunidade antes para o Farense, portanto, o Farense esteve dentro do jogo em todos os momentos.
Naquilo que são oportunidades claras de golo, o jogo foi absolutamente dividido. Mais posse do Benfica, obviamente, mas naquilo que é o sumo do jogo, que para mim são as oportunidades claras de golo, foi absolutamente dividido.
Aquilo que obviamente se ajustava mais, tendo em conta essas mesmas oportunidades de golo, seria o empate”.
– Bruno Lage (treinador do Benfica): “Sabíamos das dificuldades, porque temos visto o Farense a crescer, a forma como joga, como pressiona, além da dificuldade deste ciclo, com Rio Ave, Santa Clara, Farense, com apenas dois dias entre jogos, o que poderia criar alguns problemas.
A equipa até entra muito bem no jogo. Nós fizemos algumas alterações à procura disso, de frescura, de dinâmicas diferentes e de pressionar o Farense de maneira diferente. Acho que resultou muito bem, porque temos logo uma pressão muito boa aos três minutos, em que o Di María recupera a bola na zona central e podíamos ter feito melhor.
Tentámos sempre procurar o espaço e há um momento em que sofremos o golo. Acho que podíamos ter sido mais fortes, quer no confronto individual quer também no cruzamento.
Realçar depois a capacidade da equipa por ter rapidamente criado oportunidades de golo, ainda na primeira parte marcar o golo do empate e, depois, fazer alguns reajustes para surpreender o adversário.
Penso que o conseguimos, a segunda parte ainda é melhor da nossa parte, por aquilo que fizemos, a forma como pressionámos, as alterações que fizemos, quer dentro do campo quer com a entrada do Beste e a forma como começámos a pressionar.
Com alguma naturalidade, marcámos o 2-1, podíamos ter feito mais um golo – e agora, depois de o ver ao vivo, percebo todas as opiniões que se tem do guarda-redes do Farense [Ricardo Velho], fez duas defesas muito boas.
Com o 2-1, o jogo fica dividido e podíamos ter tido um maior controlo do jogo. Fica fácil de admitir que nos minutos finais, com o jogo dividido, o Farense tem uma bola que cruza toda a nossa área.
Podíamos ter feito o terceiro mais cedo, mas o mais importante é olhar para este ciclo de jogos, em que fizemos Rio Ave, com dois dias de intervalo, Santa Clara, com dois dias de intervalo, e Farense, marcámos 10 golos, sofremos um, somámos seis pontos e passámos à ‘final four’ [da Taça da Liga]. Fechamos este ciclo satisfeitos e agora temos quatro dias para preparar o jogo com o Bayern Munique [na Liga dos Campeões, na quarta-feira]”.
Jogo disputado no Estádio Algarve, em Faro
Farense – Benfica, 1-2
Ao intervalo: 1-1
Marcadores:
1-0, Darío Poveda, 15 minutos.
1-1, Carreras, 21.
1-2, Pavlidis, 54.
Equipas:
– Farense: Ricardo Velho, Pastor, Artur Jorge (Álex Millán, 75), Marco Moreno, Lucas Áfrico, Paulo Victor, Cláudio Falcão (Rafael Barbosa, 63), Ângelo Neto, Miguel Menino (Geovanny, 63), Elves Baldé (Álex Bermejo, 63) e Darío Poveda (Cuba, 52).
(Suplentes: Kaique, Rafael Barbosa, Álex Bermejo, Geovanny, Cuba, Álex Millán, Derick Poloni, Raul Silva e Rivaldo Morais).
Treinador: Tozé Marreco.
– Benfica: Trubin, Bah (Beste, 46), Tomás Araújo, Otamendi, Carreras, Florentino, Aursnes, Kökçü (Renato Sanches, 90+1), Di María (Schjelderup, 87), Aktürkoglu (Amdouni, 76) e Pavlidis (Arthur Cabral, 87).
(Suplentes: Samuel Soares, António Silva, Amdouni, Arthur Cabral, Schjelderup, Kaboré, Rollheiser, Beste e Renato Sanches).
Treinador: Bruno Lage.
Árbitro: Cláudio Pereira (AF Aveiro).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Ângelo Neto (84).
Assistência: 12.649 espetadores.
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