Armindo Araújo (Skoda Fabia) afirmou que a conquista do sexto título nacional de ralis, confirmado hoje com o cancelamento do Rali Casinos do Algarve, é a melhor forma de comemorar as duas décadas de carreira.
“Este título é, sem dúvida, a melhor forma de comemorar estas duas décadas nas quais procurei sempre lutar por conquistas. Foi um ano atípico, mas fomos a equipa que mais provas venceu, em terra e asfalto, conseguimos o maior número de pontos e demonstrámos que fomos os mais competitivos”, afirmou Armindo Araújo, em declarações divulgadas pela sua assessoria de imprensa.
Aos 43 anos, o piloto de Rebordões, do concelho de Santo Tirso, assegurou a conquista do sexto cetro nacional, ao reeditar os feitos de 2003, 2004, 2005, 2006 e 2018, distanciando-se, ainda mais, de Joaquim Santos e Carlos Bica, que conquistaram quatro títulos cada.
Armindo Araújo foi o principal dominador do campeonato, ao vencer os dois primeiros ralis, o Serras de Fafe e Felgueiras e de Castelo Branco, aos quais somou os segundos lugares, no Vinho da Madeira e no Alto Tâmega, ambos vencidos por Bruno Magalhães (Hyundai i20 R5), e encerrando a competição com novo triunfo, no Terras D’Aboboreira.
Em 10 de outubro, o Rali Vidreiro Centro de Portugal, sexta prova do campeonato, foi cancelado após o primeiro troço especial de classificação, devido ao acidente que vitimou a copiloto espanhola Laura Salvo, de 21 anos, que acompanhava Miguel Socias na Peugeot Rally Cup Ibérica.
O Nacional de Ralis deveria contar com uma sétima prova, o Rali Casinos do Algarve, mas a competição que estava marcada para entre 17 e 19 de dezembro não recebeu parecer favorável das autoridades de saúde, devido ao estado de emergência imposto para a prevenção das infeções pelo novo coronavírus, que já tinha adiado a prova dos concelhos de Lagoa, Lagos, Monchique e Portimão, inicialmente prevista para 14 e 15 de novembro.
Desta forma, contam para a classificação final os cinco melhores resultados das seis competições escolhidas. Armindo Araújo somou 148,26 pontos contra os 138,63 de Bruno Magalhães (Hyundai i20), campeão em 2007, 2008 e 2009, e os 106,27 de Ricardo Teodósio (Skoda Fabia), campeão em 2019.
Armindo Araújo, que conquistou o título com o navegador Luís Ramalho, irmão do antigo copiloto do bicampeão do mundo do campeonato de produção (Grupo N) em 2009 e 2010 Miguel Ramalho, enalteceu a equipa The Racing Factory, considerando uma aposta ganha.
“Este título não é só meu e do Luís, é de toda a minha equipa, dos meus parceiros e sobretudo da The Racing Factory, que fez um trabalho excelente durante todo o ano. Só o empenho de todos permitiu que os objetivos fossem atingidos. Parabéns e um agradecimento enorme a todos”, rematou o agora hexacampeão nacional.
Na terceira temporada ao lado de Armindo Araújo, Luís Ramalho assegurou o seu segundo título de navegadores, batendo Carlos Magalhães, copiloto de Bruno Magalhães.
“Tal como disse o Armindo, esta conquista foi fruto do trabalho de muitas pessoas e sem elas nada seria possível. Estamos obviamente muito felizes com a conquista do campeonato”, vincou Luís Ramalho.
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