A equipa comandada pelo antigo internacional holandês, Edgar Davids, almoçou ontem na zona de ‘piquenique’ da estação de serviço de Alcácer do Sal, na Autoestrada do Sul (A2), numa refeição providenciada por uma empresa que, normalmente, presta serviços ao adversário do terceiro escalão competitivo português.
Um gesto de solidariedade que “não teve nada a ver” com o facto de os algarvios irem defrontar o líder da Série H, perseguido pelo clube da margem sul do Tejo, que segue a 13 pontos dos ‘sadinos’, mas com menos quatro jogos, assegurou o presidente dos Amora à agência Lusa.
“Se fosse o Louletano ou o Moncarapachense, ou outro qualquer, também resolvíamos”, garantiu Carlos Henriques.
Pouco depois, o Olhanense impôs ao Vitória de Setúbal o terceiro empate em 15 jogos na Série H do Campeonato de Portugal, que os sadinos lideram com 39 pontos e sem derrotas.
As “boas relações” entre os dois emblemas resolveram, portanto, um problema aos ‘leões’ de Olhão, explicou o dirigente do Amora, numa altura em que, devido à pandemia de covid-19, “todos os clubes” do terceiro escalão nacional “têm grandes dificuldades” para conseguir uma refeição em dia de jogo.
“Os restaurantes têm receio de abrir para dar de comer a uma equipa de futebol, por causa do elevado número de casos positivos normalmente associados às equipas. Estão todos fechados. Nós [Amora], por exemplo, quando fomos a Évora, também tivemos de comer no campo”, revelou Carlos Henriques.
Por esse motivo, os dirigentes do Olhanense “lembraram-se de ligar” e o Amora “disponibilizou a empresa de ‘catering’ com a qual costuma trabalhar” para resolver o problema aos algarvios.
E como a Amora ainda fica ‘fora de mão’ para quem de desloca do Algarve até Setúbal, foi mesmo o diretor-geral da SAD do Amora, Mauro de Almeida, quem assegurou o transporte das refeições até à área de serviço de Alcácer do Sal, revelou Carlos Henriques.