Um autógrafo, uma fotografia, ou simplesmente uma experiência e uma recordação é o que procura quem passa pela Comic Con Portugal, a convenção dedicada à cultura pop e ao entretenimento, que decorre até domingo em Lisboa.
A Comic Con Portugal está, desde quinta-feira, nas duas salas da Altice Arena e no espaço público em redor, no Parque das Nações, ocupando 115.000 metros quadrados com conteúdos de entretenimento e videojogos.
A organização espera atingir os cerca de 140.000 visitantes registados na edição de 2019, antes da pandemia da covid-19, mas na tarde de hoje, o ambiente era calmo, sem multidões, com grande à vontade de circulação, sem grandes filas de espera e sem a chuva que caiu e causou estragos na região de Lisboa.
No recinto foram montados oito auditórios e vários espaços dedicados à divulgação de conteúdos de entretenimento, cinema, televisão, ‘cosplay’, videojogos ou literatura. Segundo a organização, há mais de 370 convidados e 300 horas de programação, entre conversas, sessões de autógrafos e apresentações e conteúdos de entretenimento.
Durante a tarde, a agência Lusa cruzou-se sobretudo com visitantes interessados em passar pela zona comercial, em experimentar os jogos e diversões, e também em desfilar encarnando personagens favoritas (‘cosplay’).
Pedro Rosa, de 17 anos, estreou-se na Comic Con envergando uma armadura tradicional japonesa que ele próprio costurou, inspirado em Jin Sakai, personagem de um popular videojogo.
Comic Con é “sobretudo a convivência com as outras pessoas”
Aproveitando um bilhete oferecido, Pedro Rosa contou à Lusa que ir à Comic Con é “sobretudo a convivência com as outras pessoas”. “Achei interativo, as pessoas já vieram ter comigo”, disse.
Num dos corredores da Altice Arena, era visível à distância um enorme par de asas de borboleta. Era Joana, lisboeta de 23 anos vestida como Flora, uma fada do universo Winx. Praticante de ‘cosplay’ há sete anos, Joana explicou à Lusa que encarnar personagens de ficção “é um escape de realidade e ajuda a conhecer pessoas novas”.
No interior da Altice Arena, durante a tarde desta sexta-feira foi possível escutar o ator britânico Sean McGuire (“Once upon a time”) a conversar sobre o seu percurso; experimentar jogos de realidade virtual, esperar para ter um autógrafo do escritor britânico Joe Abercrombie ou um autógrafo desenhado do artista brasileiro Mike Deodato Jr..
Nas escadarias da Altice Arena posaram para uma fotografia alguns dos ‘cosplayers’ que passaram a tarde a desfilar pelo recinto da Comic Con. Entre super-heróis, princesas, Jedi e caçadores de fantasmas estava Rita, de 32 anos, debaixo de um disfarce de Harley Quinn.
Rita esteve em todas as edições da Comic Con Portugal – a primeira foi em 2013 em Matosinhos – e, mais do que assistir a conversas e encontros com artistas, o que prefere é reencontrar amigos.
“É uma oportunidade de nos juntarmos todos. Encontramos imensos amigos uma vez por ano, é como se nos tivéssemos visto ontem e é giro; fazemos amizades novas, revemos amigos antigos. Adoro”, disse à Lusa.
À saída da zona comercial, onde é possível comprar ‘merchandising’ das séries mais conhecidas, como banda desenhada, jogos e infindáveis objetos de recordação – que podem custar 1,5 euros ou mais de uma centena de euros, a agência Lusa encontrou Manuel, de oito anos, que viajou de Vila Real acompanhado pelo pai.
À agência Lusa contou que foi à Comic Con “porque gosta destas coisas”, de séries, filmes e animação japonesa (‘anime’). Os interesses mais recentes são a série “Wednesday”, em exibição na Netflix, o filme de animação “Luca” (2021) e a série japonesa “Naruto”.