O quarteirense Dino D’Santiago recebeu o Globo de Ouro de Melhor Intérprete, na cerimónia realizada pela SIC este domingo no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. A apresentação, a exemplo do ano passado, esteve a cargo de Clara de Sousa.
Na mesma categoria estavam também nomeados Bruno Pernadas, Camané, Gisela João e Maro.
Quando subiu ao palco para receber o Globo de Ouro, o artista quarteirense anunciou um projeto que para ele é muito especial, na área da Educação
“Esta semana estive na minha escola, onde descobri que queria fazer das artes a minha vida. Também descobri [agora], de forma muito triste, que a região do Algarve é a região onde o insucesso e o abandono escolar é o maior do país e a segunda pior escola é a escola onde eu cresci. Por isso, têm um projeto, até 2030, que se chama SIC – Sucesso, Inclusão, Cidadania – que apadrinharei e o grande foco estará numa educação subjectiva”, avançou o cantor.
“São 40 nacionalidades naquela escola, que têm dificuldades em aprender português, e quem gostar mais de uma área específica, vai poder ter uma educação com foco no seu gosto pessoal. Somos fruto de uma nova geração que pode ser feliz quando quiser. Só depende de nós”, acrescentou Dino D’Santiago.
Carolina Deslandes, Ana Moura e Dino D’Santiago
Os outros dois vencedores da música
A gala dos Globos de Ouro da SIC começou pela revelação dos vencedores das categorias musicais e a cerimónia premiou mais dois artistas em tantas outras categorias.
Ana Moura, com ‘Andorinhas’, recebeu o prémio de Melhor Música. Subindo ao palco com Pedro Mafama, autor da canção, a cantora quis “exaltar a liberdade de fazer escolhas” com “coragem”, referindo-se à mudança de sonoridade que operou na sua carreira, no ano passado. Por seu turno, Pedro Mafama, que é também companheiro de Ana Moura, disse apenas que a cantora é “uma inspiração e, como as andorinhas, voa”.
Por último, Carolina Deslandes recebeu o prémio de Melhor Atuação. A cantora-compositora lembrou que um artista “é uma comunidade, é uma família”, e falou da importância dos concertos, que têm de acontecer mesmo quando há contrariedades. Envergando um casaco com os nomes dos membros da sua banda, agência, equipa técnica e também dos outros nomeados, a artista chamou ao palco Jorge Reis, seu road manager há dez anos.
- Com Texto do Blitz, jornal parceiro do POSTAL