Taina Fonseca, de nacionalidade brasileira, foi distinguida com o Prémio Científico Mário Quartin Graça, instituído pela Casa da América Latina e pelo Banco Santander, com a sua tese de doutoramento realizada na Universidade do Algarve.
Taina Fonseca foi premiada na categoria de “Tecnologia e Ciências Naturais”. Segundo o júri, a sua tese, intitulada Environmental Risk Assessment and Toxicity of Pharmaceuticals in Coastal Tropical and Temperate Organisms, “foca-se nos efeitos de um tipo específico de medicamentos anticancerígenos que atuam sobre determinadas componentes das células e em fases críticas do ciclo celular, que têm consequências potencialmente sérias nos ecossistemas marinhos. Este trabalho contribui assim, de forma relevante, para a redução do impacto ambiental e a sustentabilidade do planeta”.
Taina Fonseca é investigadora no Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da UAlg, onde centra a sua investigação nos potenciais efeitos do consumo de pescado contaminado por medicamentos para o organismo humano.
O prémio, que contempla três categorias, “Ciências Sociais e Humanas”, “Tecnologias e Ciências Naturais” e “Ciências Económicas e Empresariais”, traduz-se num prémio pecuniário de 3.000 euros por categoria.
Nesta edição integravam o Júri do Prémio os seguintes elementos: Arlindo Oliveira, professor do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa; João Proença, professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto; Pedro Cardim, professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa; João Paulo Velez, diretor de Comunicação e Marketing Corporativo do Santander Portugal; e Manuela Júdice, secretária-geral da Casa da América Latina.
A eleição dos vencedores teve em consideração fatores como a originalidade do tema, a relevância no âmbito do estreitamento de relações entre os países referidos e a qualidade da investigação.
A UAlg explica que “ao longo dos seus 12 anos de existência o Prémio Científico Mário Quartin Graça tem promovido o mérito das teses de doutoramento, em especial, das que demonstram interesse para as universidades de Portugal ou da América Latina, ou que resultam, na sua elaboração, da colaboração entre universidades dos dois lados do Atlântico”.
Até à data foram atribuídos 33 prémios e recebidas mais de 800 candidaturas, sendo o maior número proveniente de Portugal e do Brasil. Este ano foram recebidas 80 candidaturas oriundas do Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Portugal e Venezuela.
Sobre a Universidade do Algarve:
A Universidade do Algarve (UAlg) tem atualmente cerca de 9 mil estudantes, 19% dos quais internacionais, oriundos de mais de 84 nacionalidades, onde se destaca o Brasil, país com maior representatividade, ultrapassando os 700 estudantes.
Com 42 anos de existência, aparece pela quarta vez no ranking do Times Higher Education (THE) Young University Rankings 2021, que analisa o desempenho de instituições de ensino superior criadas há 50 anos ou menos, destacando-se no indicador que avalia a projeção internacional.
O Shanghai Ranking’s Global Ranking of Academic Subjects 2021 selecionou a Universidade do Algarve em seis áreas científicas: Gestão Turística e Hospitalidade (posição 76-100); Oceanografia (posição 151-200); Ecologia (posição 301-400); Ciências Agrárias, Ciências da Terra e Ciências Farmacêuticas (posições 401-500).
Em 2020 integra pela primeira vez o Times Higher Education Impact Rankings, que avalia o desempenho e contributo das universidades para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, colocando-se na posição 201-300, entre 766 Instituições de Ensino Superior, de 85 países, que cumpriram os requisitos de inclusão.
A UAlg oferece cursos de formação inicial e pós-graduada, nas suas diversas áreas de formação: Artes, Comunicação e Património; Ciências Sociais e da Educação; Ciências e Tecnologias da Saúde; Ciências Exatas e Naturais; Economia, Gestão e Turismo; Engenharias e Tecnologias.