
O Prémio Regional Maria Veleda 2017 foi atribuído, por deliberação do júri e maioria da votação, a José Mendes Bota, candidato apresentado por Nuno Alexandre Correia.
A atribuição deste prémio a José Mendes Bota é um reconhecimento do seu percurso de vida e do seu trabalho, nacional e internacional, desenvolvido no âmbito da cidadania, ética, promoção da igualdade de género, dignificação das mulheres, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, defesa dos direitos humanos e prevenção, e criminalização da violência contra as mulheres, tendo sido o principal promotor da primeira Convenção Europeia Contra a Violência Doméstica.
Na entrega da medalha de mérito do Conselho da Europa, que lhe foi atribuída em 2015, a presidente da Assembleia Parlamentar, Anne Brasseur, referiu-se a José Mendes Bota como um “verdadeiro embaixador do Conselho da Europa e da Convenção de Istambul”, para destacar o papel determinante que teve em todas as fases do processo que conduziram à redação, aprovação e entrada em vigor da ‘Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica’.
Júri destacou relação de José Mendes Bota ao Algarve
Todo o trabalho que José Mendes Bota desenvolveu em diversos cargos no Conselho da Europa identificam-no com o propósito do prémio e ligam José Mendes Bota ao nome da feminista portuguesa que o simboliza, Maria Veleda, uma lutadora pelos direitos das mulheres.
O júri destacou ainda a sua relação com o Algarve, na defesa e preservação dos valores sociais, culturais e humanistas, e também o trabalho único e solitário, que desenvolveu contra a exploração de hidrocarbonetos na costa algarvia.
O Algarve presta, desta forma, o seu reconhecimento público a José Mendes Bota, uma personalidade com um percurso de vida onde se destaca, não só no âmbito das suas competências políticas mas também todas as suas acções associadas à defesa dos Direitos Humanos, evidenciando e dando voz a causas como a Ética, a Igualdade, a Não Discriminação, a Promoção Social, o Desenvolvimento Sustentável e a Defesa dos Valores Culturais.
O júri foi constituído por Alexandra Rodrigues Gonçalves, directora regional de Cultura do Algarve; Ana Paula Amendoeira, directora regional de Cultura do Alentejo; António Branco, reitor da Universidade do Algarve (UAlg); Idálio Revez, jornalista do Público; José Carlos Barros, arquitecto paisagista e deputado; Lídia Jorge, escritora; Mirian Tavares, professora e investigadora da UAlg; Natividade Monteiro, professora e investigadora; e Paulo Cunha, professor de Música.
Entrega do galardão está prevista para o mês de Dezembro
O galardão, cuja entrega está prevista para o mês de Dezembro (em espaço e dia a anunciar brevemente), tem uma dotação de cinco mil euros e uma medalha comemorativa, oferecida pela empresa NOVA CORTIÇA que, desde o início, está associada ao Prémio Regional Maria Veleda.
Em nota de imprensa, a Direcção Regional de Cultura do Algarve felicita os restantes candidatos pelos projectos e acções que cada um tem concretizado e que em muito têm contribuído para o desenvolvimento sócio-cultural do Algarve.
Com a criação deste prémio, em 2014, a Direcção Regional de Cultura do Algarve, pretende reconhecer o percurso cultural e cívico de personalidades protagonistas de intervenções particularmente relevantes e inovadoras na Região e dar um contributo à Área Estratégica ‘Promoção da Igualdade entre Mulheres e Homens nas Políticas Públicas’, Medida 21 – Cultura, do V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e não Discriminação a decorrer no período 2014-2017.
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