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A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas anunciou a convocação de uma greve nacional dos trabalhadores dos museus e monumentos para os dias 14 e 15 de Abril, período da Páscoa.
Artur Sequeira, um dos dirigentes sindicais, disse à Agência Lusa que a greve foi convocada depois de várias reuniões com o Governo não terem dado resposta às necessidades dos trabalhadores, “que se arrastam há anos”.
“Esperamos uma adesão forte, embora os trabalhadores já estejam a ser alvo de pressão para não fazerem greve”, disse o dirigente sindical, estimando ainda que este sector envolva “largas centenas” de funcionários de museus, monumentos, palácios e sítios arqueológicos em todo o país.
Artur Sequeira sublinhou que o sector da cultura “tem uma falta de pessoal crónica por várias razões: aposentações de funcionários, saídas por acordo, e o fecho das admissões na administração pública”.
“Os museus e monumentos a nível nacional têm recorrido a contratos de emprego de inserção, e contratos de termo incerto. É preciso acabar com a precariedade”, defendeu o sindicalista.
Outras reivindicações prendem-se com a reposição e criação de carreiras especiais, o abono para falhas, o regulamento de entrega e transporte de valores, o regulamento de fardamento, as condições de saúde e segurança no trabalho, e a formação profissional.