



No último fim de semana de Março, o 365 Algarve traz o contrabando de regresso a Alcoutim e a Sanlúcar de Guadiana, com um festival que celebra o tráfico de artes de rua entre as duas margens do rio e cria uma passagem pedonal através da água, unindo as duas povoações.
Este evento centra-se num legado cultural e histórico de memória coletiva recente na região e em toda a zona raiana e que faz parte do património local – o Contrabando no final dos anos 30 e início dos anos 40 do século XX. Anos marcantes ao longo de toda a fronteira luso espanhola devido ao final da guerra civil espanhola, ainda recente, e ao início da 2ª Grande Guerra Mundial.
O Festival do Contrabando é um evento com recriação de um mercado rural de época e que associa todas as atividades do contrabando – guarda-fiscal, ofícios antigos, etc.- com um festival de artes de rua e recriações históricas, que incidem sobre temas como a ruralidade, a desertificação, o envelhecimento, os usos e costumes da região e outros ligados ao contrabando de sobrevivência, como era praticado naquela zona nas primeiras décadas do século passado. Uma das grandes atrações deste evento é a Plataforma Flutuante no rio Guadiana que permite às comunidades locais verem um sonho cumprido, possibilitando a passagem pedonal entre as duas margens do rio, durante os três dias do evento.
No dia 28 de março, a anteceder o Festival do Contrabando, acontecem as Jornadas do Contrabando, que abordam esta atividade enquanto património local, enquadrando-a no seu contexto histórico e sociológico.
Nas Jornadas do Contrabando está prevista a presença de Francisco Moita Flores (autor da série televisiva “A Raia do Medo”) e do Comendador Rui Nabeiro, da Cafés Delta.
A programação detalhada do Festival do Contrabando pode ser consultada aqui.
(CM)