O Conselho de Ministros reuniu-se hoje para fazer o balanço das medidas da segunda fase de desconfinamento e tomar decisões relativamente à terceira fase, que prevê a reabertura do pré-escolar, dos cinemas, teatros e salas de espetáculo, entre outros espaços.
A reunião terminou há minutos e sabe-se que foram adiadas para dia 15 a abertura dos ATL não integrados em estabelecimentos escolares e para o final do ano letivo as atividades de apoio à família e de ocupação de tempos livres.
Ficou ainda decidido em Conselho de Ministros que no dia 1 de junho volta a deixar de ser obrigatório o teletrabalho, mas com “três exceções”: para imunodeprimidos e doentes crónicos; pessoas com deficiência (maior de 60%) ou pais com filhos menores de 12 anos em casa.
Quanto aos restaurantes e lojas, passam ter lotação máxima de 100% novamente, mas continua a ser obrigatório o distanciamento social e uso de máscaras. Os ginásios vão abrir portas também no dia 1 de junho.
Já os cinemas, teatros e auditórios também tem ordens para reabrir, desde que sejam cumpridas as ordens da Direção-Geral de Saúde. Existem já espetáculos marcados.
O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que a avaliação do desconfinamento é positiva para a generalidade do país, mas “motivo de preocupação” na evolução na Área Metropolitana de Lisboa.
Por essa razão, os centros comerciais na Área Metropolitana de Lisboa só irão reabrir a dia 5 de junho, ao contrário do que estava inicialmente previsto na terceira fase do plano de desconfinamento, que apontava o dia 1 como certo. A mesma situação acontece nas Lojas do Cidadão.
Em Lisboa e Vale do Tejo, será feito um “reforço da vigilância epidemiológica” para acompanhar de perto as obras de construção civil e atividades de trabalho temporário. Da reunião do Conselho de Ministros, ficou ainda decidido que os ajuntamentos continuam limitados a 10 pessoas.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou hoje, durante a conferência de imprensa diária, que a concentração de pessoas em espaços públicos tem sido superior ao desejável em Lisboa, apelando à alteração do comportamento, sobretudo, dos mais jovens.
Portugal regista hoje 1.383 mortes relacionadas com a covid-19, mais 14 do que na quinta-feira e 31.946 infetados, mais 350, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.