O ex-internacional português Luís Figo voltou a ser destaque nas redes sociais, desta vez por razões fora do universo desportivo. O antigo jogador criticou a decisão do governo espanhol de financiar as comemorações dos 50 anos da morte de Francisco Franco, afirmando: “Esse dinheiro seria melhor utilizado para ajudar as vítimas da DANA em Valência”. A declaração, feita no seu perfil do X (antigo Twitter), rapidamente gerou uma onda de reações.
As palavras de Figo provocaram uma avalanche de comentários, com muitos utilizadores a acusá-lo de simpatizar com ideologias fascistas. Em resposta às críticas, o ex-jogador não recuou e reagiu de forma contundente: “O que eu sou é rico e isso dá-te muita inveja. Escória!”, reacendendo ainda mais a controvérsia.
O jornalista espanhol Antonio Maestre juntou-se ao coro de críticas, recordando uma dívida anterior de Figo à Agência Tributária Espanhola no valor de 2,4 milhões de euros. Segundo Maestre, “Esse montante poderia ter ajudado as vítimas da DANA mais do que qualquer tweet”. Por outro lado, o apresentador Euprepio Padula questionou a oposição de Figo às celebrações que visam assinalar o fim da ditadura franquista. Padula destacou que países como Portugal e Itália também recordam as suas ditaduras, mas como um exercício de memória histórica.
Luís Figo, que há muito tempo deixou os holofotes do futebol após encerrar a sua carreira profissional, mantém atualmente um estilo de vida ligado ao mundo empresarial e à promoção de marcas. Apesar de afastado das quatro linhas, continua a ser uma figura pública relevante e com impacto mediático, como demonstrado pelas reações às suas declarações.
Esta não é a primeira vez que Luís Figo se vê envolvido em polémicas relacionadas com temas políticos e sociais. A sua intervenção sublinha como figuras públicas, mesmo afastadas do universo político, continuam a ter grande poder de influência e a suscitar debates acalorados.
Apesar das críticas recebidas, Figo manteve-se em silêncio desde os primeiros desdobramentos da polémica. O episódio reflete as tensões ainda existentes em Espanha relativamente à memória histórica, mostrando que assuntos ligados ao período franquista continuam a ser extremamente sensíveis.
Com o impacto mediático e a divisão de opiniões gerada, este tema promete permanecer no centro das discussões, tanto nas redes sociais como nos debates públicos.
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