Espanha vai enviar mais armas para a Ucrânia, decisão que reforça o compromisso com o país que enfrenta uma invasão da Rússia, destacou esta quinta-feira o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez.
Para o primeiro-ministro espanhol, a união da NATO e da União Europeia (UE) é a melhor resposta ao Presidente russo, Vladimir Putin, por invadir a Ucrânia.
Sánchez participou, esta quinta-feira, em Bruxelas na cimeira extraordinária da Aliança Atlântica que reuniu os líderes dos países que a compõem, incluindo Joe Biden, e numa reunião posterior do Conselho Europeu que foi precedida por uma reunião dos chefes de Estado e governo da UE com o presidente dos Estados Unidos.
Em ambas as reuniões, analisou-se a evolução do conflito na Ucrânia e expressou-se solidariedade com suas autoridades e cidadãos.
“UNIDADE DE TODOS OS ALIADOS É A NOSSA MELHOR ARMA”
O chefe do governo de Espanha salientou que o mais importante dos eventos foi demonstrar a mensagem de união diante a “guerra do Putin”, que assinalou esta quinta-feira um mês.
“A unidade de todos os aliados é a nossa melhor arma de dissuasão”, salientou.
No seu discurso na cimeira da NATO, Pedro Sánchez defendeu que a Aliança continue a enviar mais armas à Ucrânia para que este país possa exercer o seu direito de legítima defesa contra a Rússia.
No seguimento destas palavras, Sánchez anunciou um novo envio direto de armas por parte de Espanha.
Em declarações aos jornalistas o primeiro-ministro espanhol referiu que “nos próximos dias” será feito o envio do armamento, embora não tenha especificado mais pormenores por razões de segurança.
Pedro Sánchez limitou-se a especificar que haverá material ofensivo e defensivo de acordo com o que as autoridades ucranianas solicitaram.
É A SEGUNDA VEZ QUE ESPANHA ENVIA MATERIAL
Este novo envio de material irá somar-se ao que já foi feito por Espanha no início de março, quando vários aviões transferiram 1.370 lança-granadas antitanque, 700.000 munições de metralhadora e metralhadoras para um ponto próximo à fronteira polaca.
O governante espanhol salientou que a NATO está a demonstrar a sua capacidade de força e resposta, mas lembrou que a Aliança Atlântica se deve adaptar para enfrentar o novo cenário de segurança que a guerra na Ucrânia abriu.
Para Sánchez, este cenário deve ser abordado na cimeira da NATO que irá decorrer em Madrid no final de junho.
Segundo fontes espanholas, a cimeira será “histórica” visto que deverá ser aprovado um novo conceito estratégico dos aliados.