O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, defende esta terça-feira que as tropas russas estão a comportar-se na Ucrânia como o fizeram Hitler e os nazis no seu país durante a Segunda Guerra Mundial.
“O que vemos hoje na Ucrânia é que os meus compatriotas olham para Mariupol e veem Varsóvia em 1944, quando Hitler e os nazis bombardeavam civis e edifícios. O exército russo está a comportar-se hoje da mesma maneira”, denuncia Duda, numa conferência de imprensa em Sófia com o homólogo búlgaro, Rumen Radev.
Duda acusa os “dirigentes russos” de se comportarem como “Hitler e as SS [grupo paramilitar nazi] e os demais fascistas da Segunda Guerra Mundial” e diz esperar que os responsáveis por estes “crimes de guerra” respondam perante a justiça internacional.
“Trata-se de assassínios sem precedentes que o mundo livre nunca aceitará”, acrescenta.
O chefe de Estado polaco elogia o heroísmo da resistência ucraniana perante a “invasão brutal” das forças russas e sublinha que a Ucrânia precisa de ajuda para vencer a “ambição imperialista” do Presidente russo, Vladimir Putin.
Por isso, afirma esperar que a cimeira extraordinária de líderes da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) do próximo dia 24 de março defenda claramente a liberdade e a soberania da Ucrânia.
Duda e Radev debateram sobre a necessidade de libertar os respetivos países da “chantagem energética” da Rússia. O Presidente búlgaro refere a necessidade de construir oleodutos que liguem o sul da Europa, a partir da Grécia, aos países bálticos, através da Roménia e da Bulgária.