Um estudo sobre a covid-19 indica que o vírus já teria infetado pessoas em todo o mundo desde o final do ano passado, tendo-se espalhado rapidamente desde a primeira infeção.
A conclusão foi feita na University College London Genetics Institute e contou com uma amostra de 7.600 pacientes de todo o mundo. Foram analisadas as várias mutações do vírus e concluiu-se também que a covid-19 não tem aumentado o grau de transmissão ou de letalidade ao longo do tempo.
Outra das conclusões do estudo é que o novo coronavírus sempre foi uma doença de rápida transmissão e, ao longo dos últimos meses, não se tem tornado mais perigosa. François Balloux, investigador da universidade, diz à CNN que “o vírus está a transformar-se, mas isto não quer dizer que seja ‘uma doença pior'”.
A covid-19 já teria, deste modo, infetado pessoas por todo o mundo antes de ter sido descoberta pelas autoridades de saúde e elevada a pandemia. A verdade é que estas conclusões podem ser consideradas uma “boa novidade” e estes resultados podem indicar que certas populações têm já mais pessoas com imunidade à doença, do que aquelas que julgam.
As conclusões desta análise foram publicadas no jornal científico ‘Infection, Genetics and Evolution’ há relativamente um mês.
Até agora, pensa-se que o novo coronavírus surgiu na China, na cidade de Wuhan, em dezembro do ano passado. Desde ai, a pandemia chegou a mais de 193 países e territórios.