Até à chegada da pandemia, este monumento situado em Lagos recebia cerca de 40.000 visitantes por ano e era o segundo mais visitado da cidade. Em 2022 encerrou ao público e aguarda agora uma obra de restauração para que em breve possa voltar a receber habitantes locais, assim como turistas estrangeiros. Testemunho da época dos Descobrimentos, as últimas obras de requalificação do Forte Ponta da Bandeira foram feitas há mais de 20 anos.
O primeiro obstáculo a esta estrutura militar do século XVII terá sido o terramoto de 1755, que destruiu parte do Forte Ponta da Bandeira, em Lagos, rapidamente recuperado nos tempos que se seguiram. As últimas obras de restauração do monumento datam de 2022 e a Câmara Municipal de Lagos vai colocar em marcha um estudo para avaliar as carências estruturais deste Imóvel de Interesse Público.
Entre as razões para a degradação do forte ao longo dos últimos 20 anos estão a exposição deste “a toda a erosão do vento e do mar”, tal como avança à SIC a arqueóloga do Museu Dr. José Formosinho, Elena Morán. De salientar que este é um dos monumentos mais visitados do Algarve, que se encontra junto à Praia da Batata, em Lagos, daí a maior exposição à força do mar e do vento.
No entanto, o paredão construído para contrariar os avanços do mar continua a cumprir o seu propósito e a proteger o Forte Ponta da Bandeira da erosão provocada pela força do mar. Para já aguarda-se o início das obras de requalificação, apesar de estarem previstas exposições nas salas temáticas do forte para março deste ano.
“O que está previsto é requalificar este edifício para o adaptar a um núcleo museológico do museu de Lagos que terá como tema Lagos e o Mar e que nos vai permitir abordar vários aspetos para além da praça de guerra de Lagos e da importância da defesa da costa na jurisdição desta praça, que abrangia desde Aljezur até Portimão”, aponta Elena Morán à SIC, a respeito do futuro de um dos monumentos mais procurados da região algarvia.
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