Reza a lenda que o folar de Páscoa surge como um símbolo da amizade e reconciliação. Faz parte da tradição as madrinhas oferecerem um folar aos seus afilhados, no Domingo de Páscoa. Este gesto é uma forma de valorizar as relações afetivas. O Algarve criou também o seu próprio folar que, não só foi eleito uma das 7 Maravilhas Doces de Portugal, como também deixou de estar apenas associado à Páscoa.
O Folar de Olhão é um dos doces mais conhecidos da região Sul de Portugal. Deixou de estar associado apenas à Páscoa e agora é produzido durante todo o ano. Maria Eugénia Rita é a criadora, mas, na verdade, quem experimentou pela primeira vez a receita foi a sua mãe. “A minha mãe fazia estes folares mas nunca abriu uma loja. Ela preparava-os em casa e vendia-os aos vizinhos”, referiu em entrevista ao Público.
Um dia, Maria Eugénia Rita ficou viúva e com filhos para criar e sustentar decidiu dar uma nova vida ao folar que a mãe fazia. ” Um tio meu era dono de um armazém e eu fui para lá: comprei uma mesa e um forno. Foi ali que comecei a fazer os bolos. Mais tarde comprei uma casa onde montei uma fábrica e um negócio a sério”, avançou na mesma entrevista.
Hoje, o negócio do Folar de Olhão está a cargo do filho de Maria Eugénia Rita, João Mendes, e da sua nora, Anabela Rita. Com um formato diferente do tradicional Folar de Páscoa, o Folar de Olhão é conhecido pela sua composição em camadas, cobertas por açúcar, manteiga e canela. A massa é feita com farinha de trigo, levedura, sumo de limão, água, açúcar amarelo e margarina.
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