O secretário de Estado José Apolinário, coordenador regional do combate à Covid-19 no Algarve, reuniu-se ontem com a Subcomissão da Proteção Civil de Castro Marim. A visita passou por fazer um ponto de situação regional, articulando a coordenação horizontal das várias entidades, organismos e serviços no combate à pandemia.
O presidente do Município de Castro Marim, Francisco Amaral, realçou a importância destas visitas, numa relação de proximidade para com as autarquias e as populações que traduz uma manifesta preocupação em conhecer o terreno e a aplicabilidade das medidas tomadas. Assim, foram realçadas algumas iniciativas da autarquia castromarinense, tais como a proteção da população do interior do concelho, a esmagadora maioria pertencente ao grupo de risco, através da interrupção dos transportes sociais que eram realizados e, simultaneamente, a disponibilização de um conjunto de serviços de apoio ao domicílio, que passam pela entrega de medicamentos, compras e receitas médicas.
A iniciativa da sociedade civil na confeção das máscaras comunitárias foi também sublinhada pelo presidente da autarquia, realçando o papel preponderante do delegado de saúde local, Mariano Ayala, que articulou todo o processo, “o mesmo sentido de compromisso e responsabilidade que manifestou quando nos opusemos à estadia de trabalhadores agrícolas asiáticos numa instalação que não oferecia as mínimas condições higiénico-sanitárias e que foram acolhidos noutro concelho, onde vieram a ficar doentes por covid-19”.
“É preciso olhar para o futuro, sendo que isso se coloca dentro de 1 ou 2 meses. O Algarve vai ser a região com maior dificuldade de alavancagem e precisa de medidas de descriminação positiva do Governo”, sublinhou a vice-presidente Filomena Sintra, acrescentando que os municípios vão sofrer um grande impacto na sua estrutura financeira, nomeadamente por se verem impossibilitados de arrecadarem a verba estimada de IMT e IVA, para além de serem também os municípios a entrarem no apoio social às famílias. “Vai ser uma balança difícil de equilibrar, com a agravante do Algarve ser uma região sem o mesmo nível de apoios comunitários, fala-se de uma reafectação dessas verbas mas mais uma vez o Algarve, porque não tem a mesma verba proporcional, tem que ter um tratamento diferenciado para que não se aumentem as assimetrias e as dificuldades”, concluiu.
A visita do secretário de Estado terminou no Lar de Altura, propriedade da Associação Cegonha Branca cuja obra foi recentemente concluída, que está definida agora como zona de apoio à população e aos profissionais que possam precisar de isolamento.
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