O ciberataque sofrido pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que comprometeu dados de 515.000 pessoas, foi “sofisticado e direcionado”, apontou hoje o responsável pela segurança informática da organização.
“A operação foi muito sofisticada e direcionada”, afirmou Massimo Marelli, em declarações à plataforma Devex, citadas pela Agência France Presse (AFP).
Em 19 de janeiro, a Cruz Vermelha foi alvo de um ataque informático, que comprometeu dados pessoais e confidenciais de mais de 515.000 pessoas.
“Uma situação como esta pode prejudicar gravemente a relação de confiança que uma organização humanitária precisa de ter com os seus parceiros”, apontou o responsável, vincando que tal “corrói” a capacidade de trabalho da Cruz Vermelha.
Massimo Marelli acrescentou ainda que a prioridade é que os dados em causa não sejam usados contra as vítimas.
Em 20 de janeiro, o CICV disse querer falar com os piratas informáticos sobre o alcance do ataque.
“Estamos prontos para comunicar direta e anonimamente com os responsáveis – sejam eles quem forem – por esta operação, a fim de fornecermos mais informações sobre o estatuto de proteção dos dados em questão”, explicou, na altura, um porta-voz do CIVC, em Genebra.
O porta-voz referiu também que, “por enquanto, não há uma avaliação precisa de quem está por detrás do ataque”, estando o organismo internacional ainda a analisar “a extensão da violação” de dados.