O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) revela, esta sexta-feira, que o mês de janeiro de 2022 “classificou-se como quente e muito seco em Portugal continental”, fixando-se mesmo como o 5.º mais quente desde 2000.
“O valor médio da temperatura média do ar, 9.65 °C, foi superior ao valor normal 1971-2000 (+ 0.84 °C), sendo o 5.º janeiro mais quente desde 2000 (mais alto: 2016, 10.78 °C)”, especifica o IPMA, destacando também o valor da temperatura máxima do ar que “foi o mais alto dos últimos 90 anos, com um valor médio de 15.29 °C, + 2.20 °C, em relação ao valor normal 1971-2000″.
Já o valor médio de temperatura mínima do ar, 4.02 °C, também foi “0.52 °C inferior” ao normal para a época do ano.
CHUVA? NEM VÊ-LA
Quanto à precipitação, o passado mês de janeiro “foi o 6.º mais seco desde 1931“, o mais seco foi em 1935, e “o 2.º mais seco desde 2000 (mais seco: 2005)”.
“O valor médio da quantidade de precipitação, 13.9 mm, foi muito inferior ao valor normal 1971-2000, correspondendo a apenas 12 %. De referir que em cerca de 75 % do território os valores da quantidade de precipitação neste mês foram inferiores a 10 mm”, lê-se no comunicado do IPMA.
“Verificou-se um agravamento muito significativo da situação de seca meteorológica, com um aumento da área e da intensidade, estando no final do mês todo o território em seca com 1% em seca fraca, 54% em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema”, refere o instituto.
Relativamente ao índice de percentagem de água no solo, registou-se uma diminuição significativa em relação ao final do mês de dezembro, e o IPMA destaca os valores inferiores a 20% nas regiões Nordeste e Sul, com muitos locais dessas regiões a atingir “o ponto de emurchecimento permanente”.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL