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O Festival do Medronho regressa a Monchique a 1 e 2 de Abril e vai animar a vila serrana com mostras gastronómicas, encontros artísticos, exposições, debates, uma competição de Flair Bartending (animação através de exibições de perícia dos barmans) e, como não poderia deixar de ser, com as esperadas e muito apreciadas provas do licor do Baco.
Reconhecido como um medronho de qualidade excepcional este será o momento para os apreciadores terem acesso a provar não só a aguardente tão tradicional da Serra de Monchique, como também, para se deliciarem com várias propostas de produtos feitos a partir da aguardente de medronho ou do próprio fruto, como por exemplo a melosa ou as compotas.
Autarquia aposta no festival como trunfo na área da promoção do medronho
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Para o presidente da Câmara de Monchique, em declarações ao POSTAL, “a realização do festival pretende criar um momento especialmente vocacionado para a promoção do medronho enquanto produto tradicional do concelho”.
“Trata-se de uma das apostas da autarquia que se insere na estratégia de consolidação da cadeia de valor deste produto típico em particular e numa visão mais macro da cadeia de valor dos produtos tradicionais de Monchique como um todo”, diz o presidente.
Rui André recorda que “a estratégia da autarquia, desde que assumi a presidência, assenta em vários pilares na área da valorização económica e um deles é o da valorização dos produtos típicos assente na qualidade e não na quantidade”.
Reforço da cadeia de valor do produtor ao consumidor
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As medidas da autarquia no que toca à ‘economia do medronho’ percorrem toda a cadeia de valor do produto, tendo passado inicialmente pela consolidação da produção da aguardente numa acção concertada com os produtores que permitiu estabilizar o número de destilarias no concelho em 85, com marcas próprias e rigoroso cumprimento da lei e das condições de produção.
“Com esta estabilização do sector da produção de medronho alcançámos uma importante mais-valia que foi a certeza da manutenção da actividade económica no concelho no presente e lançar a semente para que uma actividade valorizada atraia as gerações futuras a manter a produção e a ficar em Monchique”, destaca o autarca.
Mas a acção da Câmara foi além do desenvolvimento de projectos de reconversão das destilarias para apoiar a adaptação dos produtores às novas exigências da legislação. Fez-se a montante na produção do próprio fruto, na diversificação dos produtos que podem dele ser retirados e, a jusante, apostando na promoção e nas ligações entre os produtores e os locais de venda ao consumidor, encurtando a cadeia de distribuição.
Produção de medronho de Monchique é escoada no concelho e na região
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“A produção que temos de medronho em Monchique não é em larga escala, nem desejamos que se aposte na quantidade. Preferimos antes a qualidade do produto”, diz o presidente da Câmara, que recorda que “deste facto resulta que temos que nos focar em escoar a produção no concelho e na região essencialmente, uma vez que estes mercados são suficientes para esgotar os stocks e assegurar o valor do produto”.
Recorde-se que o valor do medronho de Monchique, por litro, ronda actualmente os 25 euros.
Rui André relembra por isso que “a autarquia aposta essencialmente numa promoção para o mercado regional, onde destaca o Festival do Medronho, que arranca dentro de dias, e a criação da marca Capital do Medronho, que assenta na valorização inequívoca das excelência da qualidade do medronho que é produzido em Monchique”.