No setor automóvel, tanto em Portugal como no resto do mundo, o debate entre o uso de combustíveis premium e low-cost é recorrente. Para alguns, ambos são essencialmente iguais, enquanto outros acreditam que há diferenças no desempenho do veículo. A escolha entre os dois muitas vezes depende de prioridades pessoais: quem prefere poupar costuma optar por low-cost, especialmente se percorre muitos quilómetros por semana, enquanto outros optam por variar e abastecem ocasionalmente com combustível premium.
A principal dúvida é se abastecer exclusivamente com combustível low-cost pode prejudicar o motor a longo prazo. Embora a maioria dos combustíveis em Portugal provenha das mesmas refinarias e parta da mesma matéria-prima, podem surgir diferenças no transporte e nos aditivos. Cada marca utiliza uma “receita” própria, que pode conter mais ou menos aditivos. Além disso, fatores como a limpeza dos camiões-cisterna podem influenciar a qualidade final. Saiba mais em seguida neste artigo que tem colaboração do Leak.
Apesar de relatos de alguns mecânicos e condutores sobre possíveis problemas causados por combustíveis low-cost, estudos realizados, incluindo os da DECO Proteste (embora mais antigos, de 2012), indicam que não há evidências sólidas de que esses combustíveis causem danos significativos no motor. A Galp, por exemplo, já declarou que os seus combustíveis low-cost cumprem integralmente os requisitos legais.
Os combustíveis aditivados podem oferecer vantagens em certos contextos, como uma maior limpeza do sistema de injeção, especialmente para veículos de alta performance. No entanto, para a maioria dos condutores, os benefícios podem ser pouco expressivos face ao preço mais elevado.
O aumento do preço dos combustíveis, agravado pela guerra na Ucrânia e pela alta carga fiscal em Portugal, tem levado muitos consumidores a optar por postos mais económicos. A escolha entre premium e low-cost deve considerar o tipo de veículo, a frequência de utilização e o orçamento disponível. No geral, abastecer com combustível low-cost não parece trazer riscos significativos ao motor, tornando-se uma alternativa válida para muitos condutores.
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