O presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, vai manter-se na presidência da Câmara de Faro até final do mandato e só depois assumirá funções na administração da Águas do Algarve, anunciou esta terça-feira o autarca.
Rogério Bacalhau disse que tinha aceitado um convite para ingressar na empresa algarvia a partir de janeiro de 2025, mas “sucessivos entraves burocráticos” levaram-no a pedir para o seu nome só ser confirmado para o novo cargo após o termo do seu terceiro e último mandato à frente do Município de Faro.
“Como é do conhecimento público, recebi, em 2024, um convite para integrar o Conselho de Administração de uma entidade de âmbito regional. Após ponderação, aceitei esse convite com a condição de apenas assumir funções no início de janeiro de 2025, pois considerava essencial concluir alguns projetos importantes para o nosso concelho”, explicou o autarca em comunicado.
Rogério Bacalhau (PSD) esclareceu que aceitou o convite com “a condição de apenas assumir funções no início de janeiro de 2025”, para poder “concluir alguns projetos importantes” para o município de Faro.
“Porém, tendo em conta a morosidade do processo eletivo para este cargo, motivada por sucessivos entraves burocráticos, bem como a proximidade do término do meu mandato enquanto presidente da Câmara Municipal de Faro, acabei por solicitar que esta eleição ocorresse apenas após o final do mesmo, permitindo-me continuar a exercer as minhas atuais funções com total dedicação e empenho”, justificou.
O autarca garantiu assim aos munícipes que seguirá à frente do Município até que o próximo presidente da Câmara de Faro seja eleito, nas eleições autárquicas previstas para setembro ou outubro deste ano, e tome depois posse do cargo.
A 06 de janeiro, o presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, disse à Lusa que previa deixar o município no dia 13, quando o seu nome fosse proposto e votado favoravelmente para presidir ao conselho de administração da Águas do Algarve.
Rogério Bacalhau, que cumpre o terceiro mandato consecutivo na autarquia, não se pode recandidatar, devido à lei de limitação de mandatos, e a sua saída para integrar os quadros da empresa algarvia iria elevar à presidência o atual vereador e vice-presidente do município, Paulo Santos.
A proposta para a sua nomeação iria ser levada à assembleia de acionistas da Águas do Algarve no dia 13, e estaria “à partida garantida”, mas seguiram-se sucessivos adiamentos, levando o autarca a anunciar agora que vai manter-se no cargo até ao termo do mandato.
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