A presença da alga asiática Rugulopteryx okamurae fez-se sentir novamente no Algarve. A Praia da Rocha, em Portimão, está há mais de uma semana com uma grande presença desta espécie de alga invasora.
Fonte da Câmara Municipal de Portimão revelou ao Correio da Manhã que foi realizada, esta segunda-feira, uma ação de limpeza com equipamento da Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão (EMARP), no entanto, a maré “trouxe tudo de volta”. O Município contratou agora uma empresa que possui maquinaria mais pesada para tentar solucionar o problema.
De recordar que em junho várias praias de Albufeira a Portimão foram afetadas por esta alga asiática. Só em Carvoeiro, foram retiradas 400 toneladas de algas.
O fenómeno, que já ocorreu em 2021 e em 2022, levou o Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve (UAlg) a criar, há dois anos, uma plataforma para recolher dados sobre as algas encontradas nas praias algarvias e perceber quais as espécies invasoras que levam a grandes acumulações nos areais.
De acordo com informação publicada na plataforma Algas na Praia, nas costas rochosas do barlavento, as acumulações são causadas por uma alga castanha invasora originária dos mares do Japão e Coreia, cujo nome científico é Rugulopteryx okamurae.
Os investigadores sabem que a Rugulopteryx okamurae apareceu pela primeira vez no sul de França, onde existe aquacultura de ostras, tendo, em seguida, alastrado para Espanha, Marrocos e Portugal.
No entanto, há outras algas que se acumulam nas praias da zona central do Algarve, entre Albufeira e Faro, como a alga vermelha invasora Asparagopsis armata, nativa das águas da Austrália e Nova Zelândia, e que foi a responsável pelas acumulações registadas em 2021 e em 2022.
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