A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, através da Unidade de Cultura, assume competências na valorização e salvaguarda do património cultural arquitetónico, arqueológico e paisagístico, assim como imaterial e identidade regional.
Neste âmbito, e num trabalho de parceria e colaboração com outras entidades regionais, a CCDR Algarve afirma em comunicado que “procura apoiar, promover e aproximar a comunidade dos museus e da sua atividade e programação cultural. A integração na Rede de Museus do Algarve (RMA) e, mais recentemente, na Rede Nacional do Património Cultural Imaterial (RNPCI), refletem esta orientação colaborativa e que tem contribuído para o fortalecimento de uma estratégia de desenvolvimento regional que evidencia o património e a herança cultural algarvia”.
“Um museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos e ao serviço da sociedade, que pesquisa, coleciona, conserva, interpreta e expõe o património material e imaterial. Abertos ao público, acessíveis e inclusivos, os museus fomentam a diversidade e a sustentabilidade. Com a participação das comunidades, os museus funcionam e comunicam de forma ética e profissional, proporcionando experiências diversas para educação, fruição, reflexão e partilha de conhecimento”, afirma a CCDR Algarve em comunicado.
A observação dos dados do número de visitantes de museus no Algarve conclui “uma recuperação significativa do número de visitantes no ano de 2022, em comparação com o período de 2017-2019 (período anterior à pandemia Covid-19), uma evolução que acompanha os números nacionais, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE)”.
Acrescem também os dados reunidos pela Museus e Monumentos de Portugal, E.P. (MMP), que refletem, em 2023, um aumento na ordem dos dez por cento nas visitas a equipamentos que estavam na dependência da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e espaços culturais antes sob alçada das direções regionais.
Neste contexto, acresce ainda sublinhar “os dados recentemente divulgados pelo Ministério da Cultura, que dão notícia de mais de 300.000 visitantes terem beneficiado do Acesso 52, uma medida que permite a residentes em Portugal visitar, 52 dias por ano, a qualquer dia, museus, monumentos e palácios sob a sua tutela”.
Com a integração dos serviços regionais de Cultura, em janeiro de 2024, estabelece-se como meta para 2029, no âmbito do Contrato-Programa com o Governo, “um crescimento do número de visitantes de museus, devendo-se alcançar os 644.967 visitantes”.
No Algarve, dos 27 monumentos nacionais, há dois sob tutela do Ministério da Cultura, um deles presentemente administrado pela MMP: a Fortaleza de Sagres, situada no concelho de Vila do Bispo. Um dos monumentos mais emblemáticos do Algarve que desempenha um papel importante na história marítima de Portugal, associado ao Infante Dom Henrique, criador da Escola de Sagres e figura maior dos Descobrimentos Portugueses.
O outro monumento nacional, as Ruínas Romanas de Milreu, situado no concelho de Faro e atualmente sob gestão do Património Cultural, I.P. (PCIP), revela “uma ocupação continuada desde o século I e até ao século XI”.
“A riqueza desta villa rústica está patente no importante volume de achados arqueológicos, como mosaicos de temática predominantemente marinha, revestimentos marmóreos e cerâmicos diversos, estuques pintados e escultura decorativa”, conclui a CCDR Algarve.
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