Proteção de dados e publicidade direcionada são os assuntos em destaque dentro da Meta, a empresa que detém o Facebook, Instagram e Whatsapp. O Tribunal de Justiça tomou uma decisão e a Meta não pode partilhar dados pessoais sobre os utilizadores entre as suas plataformas. Assim sendo, uma das hipóteses passa por cobrar uma mensalidade para aceder a estas duas redes sociais.
Para haver uma distinção entre quem permite e não permite a utilização dos seus dados para gerar publicidade personalizada no perfil de cada um, há que haver uma forma de expor a nossa posição face a esta partilha de dados.
Mas o que é a “publicidade personalizada/direcionada”?
A publicidade é personalizada/direcionada, dado que o Facebook e Instagram, com base nos nossos dados e no nosso histórico de pesquisas, fazem com que nos apareça na página publicidade que vá ao encontro dos nossos interesses.
Se não consentirmos a publicidade, podemos usar o Facebook e Instagram?
Para solucionar esta questão, a Meta sugeriu o pagamento de uma taxa àqueles que não consentirem a publicidade nas suas páginas. Os assinantes podem pagar uma mensalidade de cerca de 10€ pela conta do Facebook ou Instagram no computador e 13€ para ter as redes sociais nos smartphones. Para além disso, por cada conta adicional que tenha acresce cerca de 6€ por mês ao total, segundo avançou o Wall Street Journal.
Este novo modelo de assinaturas surge na sequência de a União Europeia se posicionar contra o rastreamento de utilizadores da Internet sem o seu consentimento. O Tribunal de Justiça da UE decidiu que a Meta não pode utilizar os dados dos utilizadores sem a sua autorização. Contudo, isso não tem de impedir a utilização do Facebook e Instagram.
Os utilizadores devem “dar o seu consentimento a um tratamento específico de dados que não seja necessário para a execução do contrato, sem serem obrigados a abster-se completamente de utilizar o serviço”, avança o Tribunal da UE.
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