A utilização de smartphones trouxe novas formas de comunicação mas também abriu portas a riscos digitais cada vez mais sofisticados. Entre as ameaças mais preocupantes encontra-se a clonagem do telemóvel, que pode permitir a terceiros aceder a dados privados sem autorização.
Aplicações de mensagens muito utilizadas em todo o mundo tornaram-se um dos principais alvos destes ataques. O WhatsApp, uma das plataformas de comunicação mais usadas a nível global, passou a estar entre os principais alvos de softwares espiões. A popularidade desta plataforma aumentou o interesse de quem procura explorar falhas de segurança.
Espionagem à distância
Entre os métodos mais comuns usados por programas maliciosos está a monitorização de mensagens, chamadas e até da localização do utilizador. Estes softwares funcionam em segundo plano e conseguem recolher informação sem que o dono do telemóvel se aperceba.
O risco não se limita a textos ou imagens. Em alguns casos, a câmara e o microfone podem ser ativados remotamente, transformando o dispositivo num ponto de escuta permanente, refere a revista masculina Men’s Health.
O impacto em números
Em 2022 foram registadas mais de 76 mil tentativas de phishing apenas através do Whatsapp. Este número mostra como a sofisticação dos ataques digitais tem vindo a aumentar, explica a mesma fonte.
Os criminosos utilizam técnicas que imitam comunicações legítimas, levando o utilizador a clicar em links ou descarregar ficheiros que instalam spyware. A clonagem do telemóvel passa muitas vezes despercebida até que os efeitos se tornam visíveis.
Como detetar sinais de ataque
Existem alguns indícios que podem levantar suspeitas de vigilância. Entre os mais frequentes estão mensagens que parecem abrir sozinhas, lentidão anormal do sistema ou consumo excessivo de dados móveis.
Outro alerta é o surgimento de aplicações desconhecidas instaladas sem consentimento, avança ainda a Men’s Health. Nestes casos, rever permissões e monitorizar a atividade do dispositivo pode ajudar a identificar comportamentos anómalos.
Quando o uso é legal
Há situações em que ferramentas de monitorização podem ser utilizadas de forma legítima. Algumas aplicações foram desenvolvidas para que os pais acompanhem a atividade digital dos filhos ou para que empresas gerem dispositivos corporativos. Mesmo assim, o uso só é permitido quando existe consentimento expresso. Qualquer utilização fora deste contexto pode configurar crime de violação de privacidade.
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