Declarações após a terceira etapa da 47.ª edição da Volta ao Algarve em bicicleta, ganha pelo irlandês Sam Bennett (Deceuninck-QuickStep), no final de uma ligação de 203,1 quilómetros, entre Faro e Tavira:
– Sam Bennett, Irl, Deceuninck-QuickStep (vencedor da etapa): “Quem viu a chegada na TV pode pensar que foi fácil, mas a verdade é que não me encontrava muito bem de pernas. Não sabia como iria estar no final e cheguei a temer ser ultrapassado antes do risco.
Uma vez mais, a equipa foi fantástica. As restantes equipas entraram com os seus líderes bem posicionados na última curva, mas o arranque do Michael [Morkov] abriu o espaço necessário e lançou-me para o sprint.
Foi um dia mais difícil do que o esperado, sobretudo, pelo calor. Na verdade, é a minha primeira corrida do ano com calor a sério. Competi nos Emirados, é certo, mas não foi tão exigente. Ainda na semana passada, treinava com temperaturas de sete e oito graus, à chuva, e talvez por isso hoje não me tenha sentido tão bem. Não posso queixar-me: esta vitória devo-a aos meus colegas”.
– Ethan Hayter, GB, INEOS (líder da geral individual): “Foi um bocado relaxado durante grande parte do dia, mas não foi fácil, acho que todos estávamos bastante cansados no final. A parte final foi acelerada, havia vento de frente e [senti] tensão de estar com os primeiros e evitar alguma queda. Salvámos o dia, não perdemos tempo, por isso está tudo bem.
No primeiro dia no Algarve, reconhecemos o contrarrelógio, fiz duas voltas ao percurso e o plano [para sábado] é ir o mais rápido possível.
A equipa tem tido boas prestações na Volta ao Algarve no passado, mas esta não é bem a mesma corrida, é numa altura diferente do ano e a própria lista de inscritos se calhar não é do mesmo nível, mas, mesmo assim, é muito bom estar com a camisola amarela”.
– João Rodrigues, Por, W52-FC Porto (segundo na geral individual): “Foi uma etapa bastante longa, com muito calor e algum vento lateral. A minha equipa fez tudo por tudo para que eu não apanhasse vento, passasse o dia o melhor possível. E amanhã [sábado], no contrarrelógio, é um esforço individual, vou estar por minha conta, é dar tudo o que tenho, defender ao máximo e se possível ganhar algum tempo aos meus adversários.
Estou numa boa condição, tal como o Amaro [Antunes] e o Jóni [Brandão]. Qualquer um dos três poderá fazer uma boa prestação. Amanhã [sábado], como disse, é um esforço individual e cada um de nós irá dar o seu melhor.
Ainda não temos uma estratégia para o Malhão, primeiro temos de passar o contrarrelógio e só depois é que saberemos como poderemos abordar a etapa do Malhão. Estamos focados no dia de amanhã [sábado].
Estamos confiantes. Conhecemos o percurso como a palma das nossas mãos. Treinamos cá [ele e Antunes], estamos numa boa condição e, como já demonstrámos na Fóia, poderemos estar com os melhores no Malhão.
Tenho aqui muitos familiares e amigos que me deram muita força, mesmo ao longo de toda a etapa. É sempre bom senti-los por perto, dá-nos uma força extra. Estou bastante contente.
Nesta chegada, poderia haver cortes, sabíamos que o vento poderia fazer danos e andámos sempre bem colocados. Conseguimos salvar o dia e agora há que pensar no dia de amanhã [sábado]. Estou aqui na minha cidade, onde treino diariamente, com os meus familiares e amigos e, por isso, é um dia bastante importante para mim”.