Na última sexta-feira, pelas 11:30, o alarme da sirene de alerta de tsunami na Ribeira das Naus, em Lisboa, foi accionado.
Não é a primeira vez que estes exercícios de testes acontecem. O Sistema de Aviso e Alerta de Tsunami no Estuário do Tejo já realizou dois exercícios, com o acionamento da sirene instalada na Praça do Império, em Belém, em novembro de 2022 e em novembro de 2023.
Esta sexta-feira, celebrou-se o Dia Internacional da Proteção Civil, onde a Câmara Municipal de Lisboa promoveu uma ação de sensibilização à população sobre o risco de tsunami, direcionada às freguesias de Santa Maria Maior e da Misericórdia, regiões mais propícias a sofrerem danos.
O último terramoto de grande escala a abalar Portugal foi o de 1755, um dos eventos sísmicos mais devastadores da história europeia. Ocorreu em 1 de novembro com epicentro perto de Lisboa. Este terramoto foi seguido por um tsunami e incêndios que causaram um extensa destruição em Lisboa e noutras regiões costeiras. Estima-se que dezenas de milhares de pessoas tenham perdido a vida como resultado direto do desastre.
O terramoto de 1755 teve um impacto significativo na arquitetura, política e sociedade da Europa, influenciando a forma como os governos lidam com desastres naturais desde então. Não há claras provas científicas que possam confirmem a previsão exata de um evento sísmico semelhante ao terramoto de 1755. No entanto, os especialistas em sismologia reconhecem que regiões sísmicas, como a área ao redor do Mediterrâneo, têm o potencial de experimentar grandes terremotos. É crucial que as comunidades nestas regiões estejam preparadas para o eventual acontecimento.
Leia também: Terramoto de magnitude 5,9 na escala de Richter atinge Japão