Os pais de Maddie McCann, Kate e Gerry, conhecem hoje a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) relativamente à queixa apresentada contra Portugal.
Em causa no tribunal sediado em Estrasburgo, França, está a queixa contra a justiça portuguesa por ter absolvido Gonçalo Amaral de indemnizar os pais da menina britânica – que desapareceu em Lagos, em maio de 2007 – na sequência de alegações feitas pelo antigo inspetor da Polícia Judiciária num livro e num programa de televisão.
Para Kate e Gerry McCann, as palavras do líder da investigação ao desaparecimento da filha, então com três anos de idade, representaram uma violação do seu direito ao respeito pela vida privada e o direito à presunção de inocência. Simultaneamente, apontaram às instâncias portuguesas uma alegada falta de equilíbrio entre os diferentes interesses em jogo, nomeadamente entre o seu direito à reserva da vida privada e o direito das partes opostas à liberdade de expressão.