A língua portuguesa, num certo ditongo, é catavento esvoaçando nas reviravoltas do vento, sempre soprando, fazendo ão…ão. Desmultiplica-se depois, originando os õis…õis.
Estes sons, provocam dificuldades nas outras línguas, que desejam aprender português. O estrangeiro não consegue emitir este nosso som – ão/õis.
Os portugueses usam o ão ou õis com muita simplicidade, como, por exemplo, no futebol onde predomina õis, compondo a palavra MILHÕES. Palavra tentadora, influente no amago de cada um. Sua transpiração deixa vapores na alma…
Os milhões são já uma erva daninha que ofende. O ditongo ÃO tem um percurso histórico. Difícil será obter suas origens. A língua portuguesa é salpicada por muitas mãos desde o latim, grego, francês, indiano, árabe, etc., etc… Tudo porque fomos um povo de marinheiros na descoberta do mundo, e, também ocupados fomos por espanhóis, franceses, romanos, mouros…
O ÃO português é marca de qualidade, espalhando-se na poesia, como o ladrão amigo, abraçado à corrupção não vai para a prisão. O aldrabão, sem qualquer justificação, safa-se de ir para a prisão, porque teve protecção. Quadrilhas de milhões passeiam na libertação sem provas de corrupção.
Faminto rouba melão – policia, capitão manda delinquente para as grades da prisão…
Os ditongos são poéticos e vão continuar, neste país de navegantes, no enlevo de sonhar.
Relembrar o aventureiro, amante do conhecimento, correndo o mundo, cabeça gravando, depois cantando em estâncias, aconchegadas na poesia, musica sentida no Épico LUSIADAS, espalhado pelo mundo, escrito pelo GRANDE Luís de CAMÕES. Afinal o ditongo é mesmo bonito, quando inserido no sítio certo.