Ao ar livre não há problema, o encontro será na esplanada, na praia e os amigos não estão infetados, neste bairro não se vê ninguém doente. E, de mão em mão, vai passando o telemóvel, o copo, o cigarro, e quase sem reparar, todos enfiam os dedos no saco para buscar mais uma batata frita.
Não há risco, afinal, ninguém tem sintomas, todos se conhecem, são saudáveis. Estes são os argumentos dos jovens com comportamentos de risco no quotidiano.
Uma população mais nova que preocupa os médicos que veem chegar aos hospitais doentes com idades mais baixas e, nem por isso, com manifestações menos graves de covid-19.
“Estes jovens associaram a ideia de desconfinamento a que já estava tudo bem e era possível relaxar nos cuidados. Os que nos estão a chegar não se contaminaram em grandes festas; foram infetados no dia a dia. Parecem achar que a doença só é transmitida por quem tem sintomas, o que está profundamente errado. Estou muito preocupada com a abertura dos centros comerciais, cafés e com o fim das aulas”, explica Sandra Braz, coordenadora da Unidade de Internamento de Contingência de Infeção Viral Emergente, noticia o Expresso.
Sandra é a responsável pelas enfermarias onde são internados os doentes com covid-19 no maior hospital do país. Um trabalho difícil que partilha com Fábio Cota Medeiros, infecciologista, e envolve outros 50 médicos, além dos enfermeiros e auxiliares. “Só é possível lidar com esta situação em equipa”, sublinha.
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