A operação de resgate da jovem encontrada em alto-mar por um navio mercante ao largo do Algarve, depois de arrastada pelo vento, envolveu diversos meios da Força Aérea Portuguesa (FAP) durante cerca de três horas, foi esta segunda-feira anunciado.
Nas operações de busca e salvamento foram empenhados um avião C-295M da Esquadra 502 e um helicóptero EH-101 Merlin da Esquadra 751, ambos da Base Aérea N.º 6, no Montijo, especificou a Força Aérea em comunicado.
A jovem desapareceu cerca das 20:00 de sábado, arrastada pelo vento, quando praticava paddle na praia do Coelho, em Monte Gordo, no concelho de Vila Real de Santo António.
Foi encontrada com vida mais de 20 horas depois, cerca das 18:00 de domingo, a 25 milhas (cerca de 46 quilómetros) a sul de Vila Real de Santo António, por um navio mercante que navegava a caminho de Tânger, em Marrocos.
Segundo a FAP, a jovem foi resgatada do navio pela Esquadra 751 “Pumas” da FAP a 37 quilómetros da costa algarvia e a 56 quilómetros de Faro.
“Já dentro da aeronave, o enfermeiro aeronáutico militar a bordo monitorizou os sinais vitais e prestou os primeiros cuidados de saúde”, revelou aquele ramo das forças armadas.
A jovem foi depois transportada para o Hospital de Faro onde se encontra em observação, sendo o seu estado considerável estável.
Segundo o diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), a jovem está algo prostrada, “como é natural, depois de tanto tempo sem alimentação, exposta ao sol e com stress, mas está bem, está estável, não está desidratada”.
De acordo com Horácio Guerreiro, a jovem está no Serviço de Observação (SO) de Pediatria acompanhada pela mãe e consciente, embora pouco comunicativa, esperando-se que o seu estado tenha uma evolução positiva, podendo ter alta dentro em 24 a 48 horas.