Uma rede solidária criada em São Brás de Alportel já produziu e distribuiu 1.500 viseiras de proteção por instituições do concelho para apoiar o combate à pandemia de covid-19, anunciou hoje o município.
O projeto nasceu quando Vítor Gonçalves e Pedro Gonçalves, “entusiastas da impressão em 3D [três dimensões]”, começaram a produzir viseiras, de forma individual, nas suas casas, e a Câmara de São Brás de Alportel promoveu a união dos esforços, com a colaboração de escolas, criando uma rede solidária de produção que “trabalha quase 24 horas por dia, há semanas”, e já produziu “1500 viseiras de proteção”, referiu a autarquia.
“O município de São Brás de Alportel descobriu-os, juntou-os e com a colaboração do Agrupamento de Escolas criou uma rede de produção solidária, assegurando os materiais, a logística, o transporte e a coordenação desta missão”, explicou a câmara algarvia num comunicado.
Esta iniciativa permitiu “responder à escassez de equipamentos de proteção para os profissionais de saúde e para todos aqueles que nos diversos setores se mantêm em funções de atendimento ao público” com uma “produção caseira de viseiras de proteção”, acrescentou a autarquia.
Os equipamentos produzidos são, segundo a câmara, “muito eficazes” e “estão a ser utilizados por profissionais em hospitais, nas instituições sociais ou pelas forças de segurança”.
A Unidade de Desporto da autarquia é “responsável pela linha de montagem, logística e transporte” das viseiras de proteção, enquanto o edifício das piscinas cobertas, “encerrado temporariamente devido à pandemia”, está convertido em “centro de operações, onde são realizadas as entregas às instituições”.
“Até ao momento, já foram distribuídas 1.500 viseiras de proteção individual”, quantificou a Câmara de São Brás de Alportel, sublinhando que foram entregues às “unidades de saúde do concelho, todos os lares de terceira idade, bombeiros, GNR, serviços sociais e outros serviços essenciais” do concelho.
A mesma fonte realçou que esta rede solidária está também a fazer “oferta de viseiras muito para além das fronteiras do concelho”, através de um “circuito nacional” que já levou “mais de um milhar de viseiras” a “diversos serviços de saúde e instituições de solidariedade de todo o país”.
“A resposta da comunidade são-brasense tem sido extraordinária com ajuda em materiais e donativos, que ultrapassam os 3.000 euros e que permitiram já a aquisição de uma grande quantidade de impressoras 3D, indispensáveis para alargar e acelerar a produção”, congratulou-se município.
A mesma fonte apelou a todos os interessados em contribuir para esta rede solidária para que façam doação de “acetatos, filamento ou impressoras 3D” na Escola Secundária José Belchior Viegas, de segunda a sexta-feira, das 09:00 às 18:00.