A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) vai iniciar esta quinta-feira, em Faro, várias ações de protesto para demonstrar a “insatisfação pelas políticas que não têm respondido aos problemas graves que afetam a PSP e a segurança interna”.
Os protestos vão prolongar-se até segunda-feira e vão decorrer em várias zonas do país, realizando-se hoje uma concentração de polícias em frente ao Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública de Faro.
Segundo a ASPP, as principais reivindicações dos polícias são os baixos salários, pré-aposentação, falta de atratividfade da profissão e o subsistema de saúde.
As várias ações de luta de contestação “às políticas deste (des)governo” vão acontecer na sexta-feira em frente ao Comando Metropolitano da PSP do Porto, no sábado com um concentração no jardim Almoinha Grande, em Leiria, e termina na segunda-feira junto ao Comando Metropolitano de Lisboa.
Os dirigentes da ASPP têm também marcado para esta quinta-feira uma reunião com o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, depois de terem feito o pedido para um encontro.
Forças de segurança entregaram panfletos aos turistas para divulgarem a forma como são tratados
Elementos de vários sindicatos e associações do setor da segurança interna terminaram esta quarta-feira os três dias de protesto nos quais entregaram panfletos aos turistas que chegam a Portugal para divulgarem a forma como são tratados em Portugal estes profissionais.
Depois da entrega de panfletos nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro e na Gare do Oriente, em Lisboa, na segunda-feira e terça-feira, a ação de protesto de quarta decorreu no terminal de cruzeiros da capital portuguesa, numa iniciativa da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP), que congrega elementos da PSP, GNR, guardas prisionais, Polícia Marítima e ASAE.
De bandeira na mão, cerca de duas dezenas de dirigentes sindicais e das associações socioprofissionais juntaram-se à saída do terminal de cruzeiros de Lisboa para distribuírem aos milhares de turistas que chegavam a Portugal os panfletos, que têm como título “o amor à camisola tem um preço” e destacam, em várias línguas, as reivindicações dos elementos das forças e serviços de segurança, designadamente revisão das tabelas salariais e melhores subsistemas de saúde para os quais descontam 14 meses por ano.
Em declarações à Lusa, o secretário-geral da CCP, César Nogueira, que é também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), fez um balanço positivo destes três dias de protestos, que se inserem num conjunto de iniciativas no âmbito da Jornada Mundial da Juventude.