São Brás de Alportel tem um novo elemento de atratividade turística e de valorização cultural e do património imaterial local que presta homenagem à Procissão da Aleluia, momento maior da comunidade são-brasense que é celebrado anualmente no domingo de Páscoa e que junta todos os filhos seus, dispersos pelo mundo e atrai milhares de visitantes.
Este domingo, foi inaugurada a primeira fase do Monumento à Aleluia, no início do troço sul da Avenida da Liberdade, na presença da comunidade são-brasense e com intervenções da vice-presidente da Câmara Municipal, vereadora com os pelouros do património e do turismo; Marlene Guerreiro; dos autores deste projeto artístico, Manuel Belchior e Teresa Paulino, do presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, Vitor Guerreiro, e do presidente da Região de Turismo do Algarve, André Gomes.
O presidente da Câmara Municipal, Vitor Guerreiro, não escondeu a sua emoção por ver este monumento ganhar forma e homenagem a esta festa que envolve de forma intensa a comunidade são-brasense.
“É uma dívida que estamos a pagar à comunidade são-brasense”, afirmou apontando que este monumento permite imortalizar a Procissão da Aleluia e transmiti-la mesmo a quem visita o concelho noutras épocas do ano.
Perante as muitas pessoas que assistiram à inauguração, a vice-presidente Marlene Guerreiro dedicou a obra: “É para vós este momento e é para todos os que sentem na alma a Procissão da Aleluia”.
Um evento que explicou ir muito além do evento religioso e que está no ADN dos são-brasenses e que agora é imortalizado com este monumento de arte urbana que se junta a muitos outros que elementos de arte urbana e espaços museológicos que o Município tem vindo a impulsionar com vista à preservação da cultura, identidade e património do concelho, mas também com o objetivo de promover atratividade turística.
Neste domingo, foi inaugurado o elemento artístico, produzido em bronze, que ilustra em tamanho real a figura do homem são-brasense que participa na Procissão da Aleluia.
O segundo e terceiros elementos que serão dados a conhecer nas próximas Páscoa de 2024 e 2025 representarão as próximas gerações dos seus filhos e netos.
Um conjunto que alude à passagem de testemunho das tradições e ao envolvimento das entidades e associações parceiras e de toda a comunidade nesta festa.
Convidado a inaugurar a primeira fase do monumento, o presidente da Região de Turismo do Algarve, André Gomes, apontou que o turismo religioso é mais um dos fatores de atratividade da região e sublinhou que a Procissão da Aleluia, integrada na Festa das Tochas Floridas, nome dado ao programa cultural e de animação associado à mesma, também dá um contributo importante neste âmbito.
André Gomes deixou ainda o desejo de que “o monumento não seja apenas um elemento de atração turística, mas efetivamente uma obra de arte que imortaliza este momento especial são-brasense”.
Já a artista Teresa Paulino confessou-se “satisfeita com a obra e em particular por, desta vez, ter a sua obra num espaço acessível ao público e que permitirá a interação com as pessoas que vão poder tocar na peça e apreciá-la de perto”.
Manuel Belchior não escondeu a sua satisfação por, finalmente, “apresentar a obra que, em virtude da pandemia COVID-19, viu a sua concretização e data de apresentação ser adiada para 2024. Uma obra em que consegue transmitir através da sua arte também a sua maneira de viver e sentir esta festa são-brasense”.
Apesar de ainda não estarmos na Páscoa, a primeira fase do monumento foi, naturalmente, inaugurada ao som do tradicional cantar de Aleluia que os são-brasenses entoam na Procissão.
Cantares que por certo se ouvirão novamente a 31 de março, Domingo de Páscoa, altura em que será desvendada a segunda fase deste monumento.
A autarquia recorda que “esta é a primeira fase de um conjunto de três elementos artísticos criadas pelos dois artistas e que resultam num projeto artístico, de valorização cultural, patrimonial e turística do concelho que perpetua ao longo de todo o ano este momento especial da comunidade são-brasense”.
Esta obra de arte urbana surge no troço sul da Avenida da Liberdade, alvo de um projeto de reabilitação que integrou também a reabilitação do Largo de São Sebastião e da Rua Gago Coutinho, projeto que incluiu a criação de elementos de caçada artística que evocam a passadeira de flores que é elaborada pela comunidade são-brasense, para receber a Procissão da Aleluia. É justamente neste cenário que o monumento se insere, permitindo que o domingo de Páscoa se eternize todos os dias do ano.
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