O presidente do Farense reafirmou hoje o “sentimento de revolta” do clube, 18.º e último classificado da I Liga de futebol, contra as arbitragens, garantindo que a equipa vai atingir os seus objetivos “contra tudo e contra todos”.
“Hoje, mais uma vez, sentimos que não fomos tratados equitativamente, de igual para igual, como não tem sido o caso em vários jogos desta época. Não entendemos porquê, mas existe, do nosso lado, a perceção muito forte de que, em situações iguais ou parecidas, somos consistentemente penalizados”, disse João Rodrigues, após a derrota caseira frente ao Moreirense (0-2), em partida da 18.ª jornada do campeonato.
O dirigente, que no seu percurso de quase cinco anos na liderança da SAD do Farense muito raramente tem falado em público, decidiu “exteriorizar” o “sentimento de revolta” do grupo em conferência de imprensa.
“Esta revolta não é só deste jogo, é de uma série de jogos que vêm desde início da época. Temos um grupo que está imensamente triste, revoltado, mas não vergado. Não nos vão vergar. Nós vamos lutar e vamos conseguir, contra tudo e contra todos”, prometeu João Rodrigues.
O presidente do Farense, que esta época já tinha divulgado dois comunicados contra as decisões de arbitragens, após as derrotas com Rio Ave e FC Porto, salientou que não existe “nenhuma guerra, nem nada que se pareça”, contra qualquer árbitro.
“É uma função extremamente difícil, e que respeitamos imenso. Mas, também não somos meninos de creche, que não compreendemos o que se está a passar. E o que se está a passar não é bonito. Sentimo-nos prejudicados, sentimos que não estamos a ser respeitados e isso não é aceitável”, acrescentou.
O dirigente não conseguiu especificar se existe intenção deliberada de prejudicar o clube: “Não sei. O que acho, e qualquer pessoa de bom-senso achará o mesmo, é que durante uma época há erros que acontecem contra e a favor de uma equipa. Infelizmente para o Farense, são 99%, senão 100% dos erros, contra o Farense. É algo muito estranho”.
João Rodrigues elencou uma série de “lances similares” que têm decisões “completamente opostas” – na partida de hoje contra o Moreirense, estão em causa a grande penalidade assinalada por mão de Tomás Tavares e uma entrada de Ibrahima para cartão vermelho -, lembrando ainda uma situação que envolveu Ryan Gauld, contra o Rio Ave, que, apontou, “correu mundo”.
À 18.ª jornada, o Farense ocupa o 18.º e último lugar, com 13 pontos e um jogo em atraso.