O Portimonense somou hoje o primeiro triunfo na edição 2020/21 da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer por 2-1 no reduto do Marítimo, depois de estar a perder, em encontro da quarta jornada.
A formação da casa adiantou-se no marcador já na segunda parte, aos 51 minutos, por Rodrigo Pinho, que marcou, de grande penalidade, o seu quinto golo na prova, mas, Dener, aos 69, e o suplente Anderson, aos 74, selaram a reviravolta.
Na classificação, o conjunto insular, que tinha batido o FC Porto por 3-2, em pleno Dragão, na última ronda, manteve-se com seis pontos, enquanto os algarvios, que somavam um empate e duas derrotas, passaram a somar quatro.
COMENTÁRIO
O Portimonense venceu hoje pela primeira vez na I Liga portuguesa de futebol, ao bater o Marítimo, por 2-1, no Funchal, numa partida da quarta jornada em que os locais estiveram na frente do marcador.
O brasileiro Rodrigo Pinho inaugurou o marcador aos 51 minutos, na transformação de um penálti, mas os seus compatriotas Dener, aos 69, e Anderson, aos 74, deram a volta ao marcador.
Com este resultado, o Marítimo manteve-se com seis pontos, perdendo a possibilidade de se juntar provisoriamente ao líder Benfica, enquanto o Portimonense passou a somar quatro.
As duas formações chegaram ao embate em situações opostas, o Marítimo moralizado por duas vitórias consecutivas, com Tondela (2-1) e FC Porto (3-2), enquanto a turma de Portimão vinha de duas derrotas, perante Gil Vicente (1-0) e Sporting (2-0).
Lito Vidigal perdeu duas peças valiosas na semana seguinte à histórica vitória no Estádio do Dragão, com a venda de Nanu (FC Porto) e Getterson (Al-Ain, da Arábia Saudita), e apostou em Edgar Costa e Jefferson para colmatar as duas saídas.
O Portimonense igualou o número de ‘mexidas’ na equipa inicial, com Paulo Sérgio a apostar na entrada de Pedro Sá e Welinton Jr., para a saída de Beto e Lucas Tagliapietra.
O único lance de perigo da primeira metade foi protagonizado pela equipa da casa, à passagem do minuto 18, com Correa a percorrer o corredor esquerdo a toda a velocidade para servir Jefferson, com Samuel e, depois, Maurício a salvarem.
Logo ao início da etapa complementar, Marcelo Hermes acertou na barra, num remate de longa distância, Cláudio Winck, na recarga, obrigou Samuel a uma defesa atenta, mas o esférico continuou em jogo, com Fali Candé a desviar com a mão.
A respetiva grande penalidade foi assinalada e convertida,aos 51 minutos, por Rodrigo Pinho, que se destacou ainda mais como melhor marcador da prova, agora com cinco golos.
A resposta do Portimonense não tardou, com Dener a encher o pé, num remate do ‘meio da rua’, obrigando Amir a uma excelente intervenção para negar o golo do empate.
O conjunto de Portimão subiu as linhas e acabou por ser eficaz à passagem do minuto 69, quando restabeleceu a igualdade, na sequência de um canto, por intermédio de Dener.
A formação da casa não se refez do golo e acabou por consentir o segundo poucos minutos depois, aos 74, pelo recém-entrado Anderson, que encostou, na pequena área, em resposta a um cruzamento de Aylton Boa Morte da esquerda.
O jogo subiu de intensidade e, aos 73 minutos, Jean Irmer, depois de um erro defensivo dos visitantes, rematou à entrada da grande área para a defesa de Samuel.
O Marítimo continuou na procura do golo e, em cima dos 90 minutos, o iraniano Alipour, que saltou do banco para se estrear com a camisola madeirense, serviu Correa, para nova grande defesa do guarda-redes dos algarvios.
Já nos descontos, num dos últimos lances do encontro, o lateral esquerdo Marcelo Hermes caiu na área, em jogada com o japonês Koki Anzai, mas o árbitro nada assinalou, nem o VAR, apesar dos protestos da equipa da casa.
DECLARAÇÕES dos treinadores
– Lito Vidigal (treinador do Marítimo): “Era um jogo que queríamos muito ganhar e fazer a terceira vitória consecutiva. A equipa começou bem, criamos algumas situações de golo, as primeiras situações claras de golo são nossas, mas tivemos alguma infelicidade na concretização.
Não nos faltou entrega, não nos faltou luta, fomos infelizes em alguns momentos. Foi uma pena não termos conseguido dar seguimento aquelas duas vitórias, mas agora vamos é começar a preparar o próximo jogo e já temos em mente o próximo adversário.
Quando nós estamos em vantagem, o adversário tem de arriscar um pouco mais e é normal que nós tenhamos de baixar um pouco as linhas, mas não foi por isso, porque foram em lances de bola parada, os golos surgiram de segundas bolas e isso com melhor posicionamento podíamos ter evitado.
As derrotas são difíceis de gerir, não há dúvida que a equipa trabalhou e quis vencer, procurou sempre, até ao fim, um resultado diferente.
(Sobre a saída de Nanu para o FC Porto) Se o campeão nacional vem contratar um jogador ao Marítimo, é sinal que esse jogador tem qualidade. Mesmo sabendo que podemos perder esses jogadores que são importantes, temos de conseguir encontrar soluções dentro do plantel e alterar um pouco a nossa forma de jogar, mas isso leva algum tempo. Vamos precisar de algum tem para ajustar”.
– Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Podíamos ter conquistado mais alguma coisa nas primeiras três jornadas, mas o que é facto é que viemos para a quarta jornada com apenas um ponto, e tenho de sublinhar a personalidade que o grupo colocou em campo sem acusar qualquer tipo de pressão, e, isso é fruto de muito trabalho.
Só com um ponto, na quarta jornada, não demonstraram qualquer perda de confiança, antes pelo contrário. Eu tinha dito que estes 15 dias, com a paragem das seleções, seria benéfico, e acho que se provou um pouco isso, amadurecemos em alguns aspetos do jogo que não estavam tão consolidados. No fundo, são mais 15 dias para os jogadores novos se adaptarem à realidade que estão a viver.
Foi uma excelente resposta, uma belíssima vitória, contra uma ótima equipa, que começou o campeonato de forma extraordinária e, portanto, estou muito satisfeito com os jogadores, muito satisfeito por dar estes três pontos aos nossos adeptos, que são incansáveis, mas, fundamentalmente, pelos jogadores que são completamente merecedores pela forma como trabalham diariamente”.
Jogo no Estádio do Marítimo
Marítimo – Portimonense, 1-2
Ao intervalo: 0-0
Marcadores:
1-0, Rodrigo Pinho, 51 minutos (grande penalidade).
1-1, Dener, 69.
1-2, Anderson Oliveira, 74.
Equipas:
– Marítimo: Amir, Cláudio Winck, René Santos, Zainadine (Milson, 83), Lucas Áfrico, Marcelo Hermes, Edgar Costa (Pelágio, 65), Jean Irmer, Correa, Rodrigo Pinho (Joel, 83) e Jefferson (Alipour, 46).
(Suplentes: Caio Secco, Kerkez, Jean Cléber, Milson, Bambock, China, Pelágio, Alipour e Joel).
Treinador: Lito Vidigal.
– Portimonense: Samuel, Koki Anzai, Willyan, Maurício, Fali Candé, Dener, Pedro Sá, Lucas Fernandes (Fernando, 90+4), Aylton Boa Morte (Henrique, 88), Fabrício (Vaz Tê, 89) e Welinton Jr. (Anderson Oliveira, 65).
(Suplentes: Gonda, Lucas Possignolo, Anderson Oliveira, Vaz Tê, Beto, Júlio César, Henrique, Luquinha e Fernando).
Treinador: Paulo Sérgio.
Árbitro: João Bento (Santarém).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Rodrigo Pinho (15), Jefferson (43), Pedro Sá (82), Cláudio Winck (87).
Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.