É com uma coligação que o líder regional do CDS-PP, José Pedro Caçorino, pretende conquistar pela primeira vez para a direita a Câmara da cidade do Arade. Para tanto uniu PPD/PSD, CDS-PP, MPT e PPM sob o lema Servir + Portimão e avança para as urnas na tentativa de por fim ao bastião socialista do Algarve.
O director de seguros de 56 anos tem pela frente até ao final da campanha o desafio de fazer o eleitorado virar à direita, com Isilda Gomes aos comandos da nau do PS a navegar em águas que lhe são tradicionalmente favoráveis.
Nas respostas dadas às cinco questões formuladas pelo POSTAL o cabeça-de-lista traça a ideia política que tem para o concelho que pretendo governar a partir de 1 de Outubro.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
José Pedro Caçorino (JPC): Candidato-me, antes de mais, por um imperativo de consciência! Porque considero que a minha terra está numa situação muito difícil e porque constato, com um número cada vez maior de cidadãos de Portimão, que o caminho seguido nos últimos quatro anos piorou consideravelmente a realidade do nosso concelho.
Depois, assumo esta candidatura em conjunto com toda a minha equipa, porque sabemos que é possível fazer mais e muito melhor pela nossa terra e pela nossa gente. Os nossos concidadãos estão cada vez mais divorciados da vida da sua comunidade, da resolução quotidiana dos desafios e problemas que o concelho enfrenta. Para nós é fundamental não só dar voz aos cidadãos, mas sobretudo envolvê-los na tomada de decisão sobre as questões, problemas e anseios que respeitam a todos nós! O futuro de Portimão passa pelo contributo e pela participação de todos!
Candidato-me, em suma, porque quero em conjunto com a minha equipa, devolver Portimão aos seus Cidadãos! Queremos muito mais para Portimão!
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
JPC: O principal problema do concelho continua a ser a dívida esmagadora que impede o investimento público, afasta o investimento privado e obriga, devido ao empréstimo do FAM, a uma pesada carga fiscal sobre as famílias e as empresas. Estes serão os problemas mais prementes! Mas temos outros problemas que afectam de forma negativa a qualidade de vida dos nossos concidadãos. A degradação e falta de manutenção do espaço público, a ausência de espaços verdes, o abandono e desertificação do centro histórico de Portimão, o definhamento do comércio tradicional, a excessiva dependência do turismo, com os problemas resultantes da sazonalidade na actividade económica, as questões associadas à mobilidade, transportes e trânsito, sem esquecer o enorme problema do estacionamento tarifado no centro da cidade e na Praia da Rocha, a ausência de participação cívica dos Portimonenses, são problemas gravíssimos que afectam o nosso concelho.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
JPC: A composição das nossas listas, formadas por pessoas de diferentes idades, origens e experiências profissionais, é a que melhor garante aos Portimonenses uma mudança segura nos destinos do nosso concelho.
Por um lado, temos candidatos com a experiência política e o conhecimento dos problemas e realidades do concelho, que são os mais bem preparados para devolver a esperança aos nossos concidadãos. Por outro lado, temos pessoas com a visão e a formação técnica indispensáveis à construção de um concelho moderno, virada para as pessoas, em que a garantia da qualidade vida dos munícipes, a criação de condições para que os Portimonenses voltem a ter orgulho na sua terra serão as nossas preocupações permanentes.
Propomo-nos mobilizar todos os recursos e pessoas, sem discriminar ninguém! E fazer com o Município seja um parceiro activo dos privados na criação de riqueza, de emprego e no desenvolvimento do concelho. Tenho a experiência e as capacidades para colocar o Município verdadeiramente ao serviço dos cidadãos e das empresas.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
JPC: De uma forma resumida, o que nos distingue das outras candidaturas são as seguintes propostas:
– Valorizar os recursos humanos do Município, enquanto principal activo de que este dispõe para proporcionar um melhor serviço à população e às empresas;
– Pagar antecipadamente os empréstimos contraídos no âmbito do FAM, através da rentabilização do património imobiliário do Município e da redução da sua despesa primária;
– Implementar uma política activa de captação de investimento privado, designadamente, através da criação de incentivos e benefícios fiscais para a fixação de empresas e lojas âncora no cento histórico de Portimão;
– Executar uma política permanente de qualificação e manutenção do espaço público e das infra-estruturas, delegando num responsável municipal a tarefa de acompanhar, de forma permanente, as necessidades, problemas e reclamações sobre a manutenção de estradas, jardins e outros espaços públicos;
– Apostar numa política de mobilidade urbana, que privilegie a ligação intermodal entre os vários meios de transporte e um verdadeiro ordenamento de trânsito na cidade.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
JPC: Em primeiro lugar, lançar um debate alargado a todos os agentes económicos, população e demais actores locais, propondo que cheguemos a um consenso sobre o desígnio de desenvolvimento estratégico que queremos para Portimão nos próximos 15 anos.
Paralelamente, iremos pôr em prática desde logo uma política de criação de incentivos e de atracção de investimento, especialmente vocacionada para a reabilitação e dinamização do centro histórico de Portimão. E tomaremos em mãos as medidas indispensáveis a rentabilização do património imobiliário, tentando aumentar as receitas extraordinárias, de forma a termos condições de propor o quanto antes à Comissão Executiva do FAM o pagamento antecipado do empréstimo contraído e o alívio da carga fiscal sobre os munícipes (descida do IMI, aplicação do IMI familiar, eliminação da participação variável no IRS e da Derrama e diminuição das taxas e tarifas).
Tomaremos medidas enérgicas e permanentes de manutenção do espaço público e lançaremos um concurso para a requalificação do Parque da Juventude.