Portugal regista hoje 100 mortes associadas à covid-19, mais 24 do que na sexta-feira, enquanto o número de infetados subiu 902, para 5.170, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.
O relatório da situação epidemiológica em Portugal, com dados atualizados até às 24:00 de sexta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (44), seguida da região Centro (28), da região de Lisboa e Vale do Tejo (27) e do Algarve (1).
Relativamente a sexta-feira, em que se registaram 76 mortes, hoje observou-se um aumento de 31,5%.
De acordo com dados da DGS, há 5.170 casos confirmados, mais 902 (um aumento de 21,1%) face a sexta-feira.
Das 100 mortes registadas, 58 tinham mais de 80 anos, 21 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 14 entre os 60 e os 69 anos e cinco entre os 50 e os 59 anos.
Os dados da DGS, que se referem a 75% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é a cidade que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARSCov2 (366), seguida do Porto (343 casos), Vila Nova de Gaia (262), Maia (219), Matosinhos (189), Gondomar (153) e Braga (152).
VER NOTA DE RODAPÉ DO QUADRO:
Informação reportada por concelho de ocorrência relativa a 75% dos casos confirmados.
*Informação reportada pelas Administrações Regionais de Saúde e Regiões Autónomas Quando os casos confirmados são inferiores a 3, por motivos de confidencialidade, os dados não são apresentados”
Desde o dia 01 de janeiro, existem 32.754 casos suspeitos, dos quais 4.938 aguardam resultado laboratorial.
O boletim epidemiológico indica também que há 22.646 casos em que o resultado dos testes foi negativo e que 43 doentes recuperaram.
Das 5.170 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (4.752) está a recuperar em casa, 418 (mais 64) estão internadas, 89 (mais 18) dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 3.035, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.287 casos, da região Centro (647), do Algarve (106) e do Alentejo, que hoje apresenta 34 casos.
Há ainda 30 pessoas infetadas com covid-19 nos Açores, 31 na Madeira.
A DGS regista ainda 19.927 contactos em vigilância pelas autoridades.
A faixa etária mais afetada é a dos 40 aos 49 anos (1.002), seguida dos 50 aos 59 anos (931), dos 30 aos 39 anos (801) e dos 60 aos 69 anos (736).
Há ainda 56 casos de crianças com idades até aos nove anos, 123 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e 518 com idades entre os 20 e os 29 anos.
Os dados indicam também que há 510 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos e 493 com mais de 80 anos.
Segundo o relatório da DGS, 105 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 72 de França, 27 do Reino Unido, 22 da Suíça, 21 de Itália, 17 dos Emirados Árabes Unidos, 13 de Andorra, oito do Brasil, sete da Alemanha, sete Países Baixos, cinco da Bélgica, quatro da Áustria, três da Índia, dois dos EUA, dois do Egito e outros dois da Argentina.
Foram ainda importados um caso da Áustria/Alemanha, Cuba, Dinamarca, Israel, Irão, Jamaica, Luxemburgo, Maldivas, Polónia, Qatar, República Checa, Tailândia e Venezuela.
Segundo a DGS, 49% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 41% febre, 28% dores musculares, 23% cefaleias, 19% fraqueza generalizada e 15% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 83% dos casos.
A covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado a 02 de março e que está em estado de emergência até quinta-feira, entrou já na terceira e mais grave fase de resposta à doença covid-19 (Fase de Mitigação), ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.
Detetado em dezembro de 2019, na China, o novo coronavírus já infetou mais de 600 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 28 mil.
Recorde-se que, no âmbito da pandemia de Covid-19, chegou ontem a Portugal equipamento de proteção individual. Mas o avião da Hi Fly que aterrou em Lisboa trouxe apenas 24 das 35 toneladas previstas, faltando os reagentes para testes e os ventiladores.
Dos casos de infeção, pelo menos 142.700 foram considerados curados.
[Em atualização]