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O CEIIA fez a primeira demonstração do ORCA em Londres, nas águas do Rio Tamisa
Economia, Sociedade

ORCA: o barco autónomo que pode ser usado para cartografar fundo do mar como pode assumir funções de sentinela num rio

No CEIIA, as expectativas de desbravar novos segmentos de negócio cabem em 3,5 metros de comprimento.

22:55 25 Março, 2022 22:58 25 Março, 2022 | Expresso
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Nem todos os barcos precisam de marinheiro a bordo, e no caso de ORCA, nem sequer é preciso um humano a pilotar. “O ORCA executa missões em modo autónomo, mas exige uma pessoa a acompanhar, com linha de vista, o que a embarcação está a fazer, para o caso de ser necessário intervir (com o controlo remoto)”, explica Tiago Rebelo, diretor de Desenvolvimento do Centro de Engenharia e Desenvolvimento.

Com 3,5 metros de comprimento e 1,7 metros de largura, o ORCA dificilmente poderia ter aspirações a disponibilizar aposentos espaçosos para tripulação. Em contrapartida, essa dimensão pode revelar-se a mais indicada para dotar da agilidade necessária um catamarã desenhado para uso em águas abrigadas, lagos ou rios.

“Já fizemos testes piloto em vários locais. Acredito que até ao final do ano já teremos feito as primeiras vendas”, antevê Tiago Rebelo. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Instituto Hidrográfico, e os Portos de Aveiro e Leixões figuram entre as entidades que contribuíram para a realização de diferentes ensaios com a embarcação desenvolvida pelo CEIIA.

O ORCA está equipado com dois motores elétricos e pode atingir velocidades superiores a 2,5 metros por segundo. Pode chegar às 24 horas de autonomia energética

Depois de uma primeira aparição sobre as águas do Rio Tamisa, em Londres, o catamarã do CEIIA zarpa agora para novos escaparates comerciais, na expectativa de dar resposta às necessidades de autoridades portuárias, monitorização ambiental ou forças de segurança e militares.

O preço de base começa nos 100 mil euros – mas está dependente das tecnologias e sensores que forem integrados no navio, de acordo com as necessidades do utilizador final.

O CEIIA também admite que pode vir a comercializar serviços junto de empresas que precisam das funcionalidades do ORCA pontualmente, mas não estão dispostas a investir na compra. “Por enquanto, é um mercado de pequena escala”, explica Tiago Rebelo, para depois acrescentar: “Temos fornecedores que nos enviam os componentes, mas a montagem é assegurada por nós. Se houver procura que justifique, admitimos recorrer a parceiros para garantir o fabrico das embarcações”.

O ORCA é composto de cascos de alumínio e cobertura de carbono. No interior, pode conter duas ou quatro baterias amovíveis – e a promessa de 24 horas de navegação sem paragens, no caso de se optar pelo número máximo de unidades de armazenamento de energia. A deslocação é garantida por dois motores elétricos e três hélices, podendo chegar aos cinco nós – o correspondente a mais de 2,5 metros por segundo.

O “cérebro” da embarcação tanto suporta a pilotagem sem intervenção de humanos como a pilotagem remota com um comando, através de comunicações sem fios. São dois os núcleos de processamento: um primeiro que executa rotas e manobras tendo em conta mapas descarregados e dados fornecidos por sensores que permitem detetar obstáculos e obter localização precisa; e um segundo núcleo de processamento que tem como função a recolha e armazenamento de dados que vão sendo captados pelos sensores.

Tiago Rebelo recorda que o ORCA foi desenhado para garantir capacidade de adaptação e escolha dos sensores mais indicados a cada cenário. E por isso tanto permite atuar como um barco que recolhe dados sobre salinidade, acidez, ou temperatura das águas, como pode servir de sentinela num rio ou num lago que divide dois países, como pode ainda recolher imagens de batimetria e cartografia do fundo do mar com recurso a sonares, que localizam assoreamentos em docas e portos.

O CEIIA aponta para a possibilidade de uso de dois tipos de sonar: um de varrimento lateral, que é usado para recolher informação relacionada com a mobilidade dentro de água, e um sonar multifeixe que garante captação de dados de maior detalhe. Este segundo sonar deverá ser acoplado a um pilar retrátil para recolher dados que ajudam a cartografar o fundo do mar. O sonar de varrimento lateral deverá seguir integrado nos cascos.

Na popa, há um guincho que permite submergir sensores com a ajuda de um cabo que alcança os 30 metros de profundidade. Além do sistema de localização e identificação AIS, o ORCA conta com comunicações por Wi-Fi, que poderão alcançar alguns quilómetros de distância, e redes móveis (atualmente 4G, mas prevê-se que no futuro chegue ao 5G).

A ficha técnica do ORCA revela que poderá ter um peso de 450 quilos, sendo que 100 quilos poderão ser relativos aos sensores e outros equipamentos. Em caso de incidente ou falha de comunicações, a embarcação está apta a recolher automaticamente a um local protegido que tenha sido predefinido.

O CEIIA fez a primeira demonstração do ORCA em Londres, nas águas do Rio Tamisa

No CEIIA, há a expectativa de que o ORCA possa também ajudar a desbravar outros segmentos do mercado: “Prevemos desenvolver embarcações maiores para mar aberto. A partir do momento, que conseguimos construir esta plataforma, apenas temos de trabalhar ao nível da escala (para construir embarcações maiores)”, conclui Tiago Rebelo.

  • Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL

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